Postado por - Heitor Montes

Sofrendo com falta de gols, Bahia tem o segundo pior ataque do estadual

Nas quatro primeiras partidas do Campeonato Baiano de 2018, o Bahia não conseguiu fazer gols em três. O Tricolor passou em branco nas partidas contra Bahia de Feira, Fluminense de Feira e Jacobina. Por conta disso, o Esquadrão tem uma média de apenas 0,5 gol por jogo no estadual, tendo a segunda pior média da competição. Apenas o lanterna Jacobina tem um número pior.

A coisa não melhora muito na Copa do Nordeste. O Bahia fez dois gols em dois jogos, sendo que o Tricolor só marcou na partida contra o Altos. No total, a equipe marcou apenas quatro gols em seis jogos em toda a temporada, ficando com uma média é de 0,66.

Um dos motivos para esta média baixa é que o Bahia tem tido muitas dificuldades de propor jogo contra equipes que jogam fechadas. Após a partida contra o Jacobina, o treinador Guto Ferreira admitiu que o time é melhor contra equipes que saem pro jogo:

Se você analisar as partidas do Bahia, até eu não deveria colocar essa situação porque quem vai ouvir vai armar a equipe contra, as duas equipes que tentaram sair contra o Bahia, nós triunfamos, que foi o Jacuipense e Altos. O Orlando [técnico do Jacobina] veio com a linha aqui embaixo, começamos a criar algumas situações, mas faltou chegada

Outra explicação para a fase ruim é o mau momento de alguns jogadores do ataque. Régis está machucado, Élber ainda não conseguiu engrenar e Edigar Junio está longe do ritmo do final de 2017 e ainda não marcou neste ano.

Guto Ferreira bate muito na tecla da falta do tempo para trabalhar neste início de ano. O treinador vem reclamando bastante do curto espaço de tempo entre duas partidas, o que impossibilita um maior aprimoramento nos treinos.

Eu acho que a explicação [para a fase ruim do Bahia] é o momento de cada jogador também, momento do trabalho. Praticamente não estamos treinando, os treinamentos são poucos. É recuperação. Situação de trocar os jogadores para não lesionar e assim mesmo tivemos lesões. Você perde em vários fatores, mas não em perder o jogador. Você é obrigado a colocar algum jogador para ir ganhando ritmo, pensando lá na frente, mas eles ainda não estão no “time”. Só que se você não coloca, lá na frente você vai ter e lá na frente você precisa descansar alguém porque está com ritmo alucinante e não consegue. Acho que é uma série de situações até que a equipe chegue o seu patamar físico, técnico e tático. "Ah, mas por que os outros estão na frente?" O nosso adversário está na frente. Trabalho sequenciado com poucas mudanças

O Bahia poderá melhorar esta fraca média de gols nesta quarta-feira (7). A equipe do treinador Guto Ferreira joga na Arena Fonte Nova contra o Vitória da Conquista, às 18h30.