Postado por - Newton Duarte

Bahia tenta acabar com invencibilidade de 21 jogos do Cruzeiro

Bahia tenta acabar com invencibilidade de 21 jogos do Cruzeiro em casa, hoje à noite

Esquadrão é lanterna, mas o treinador acredita que a equipe pode se superar diante da Raposa e deslanchar na competição

A longa trajetória para escapar do rebaixamento começa diante do líder do Brasileirão. Hoje, às 20h30, o Bahia enfrenta o Cruzeiro, no Mineirão. Na vice-lanterna do campeonato, o tricolor não pode vacilar no segundo turno e vai tentar surpreender o time mineiro, forte candidato a levantar a taça pelo segundo ano seguido.

Rafinha, com a bola, passa por Feijão no treino. Atacante será titular na partida de hoje, contra o líder Cruzeiro

“O Cruzeiro é o time da moda. Desde o ano passado eles vêm fazendo grandes jogos. É uma das equipes do país que mais abastecem a Seleção Brasileira. Mas, ao mesmo tempo que não existe jogo fácil, não existe jogo impossível”, avisou o técnico Gilson Kleina, confiante em levar os três pontos.

O Esquadrão só tem 17 pontos, porém, o treinador acredita que a equipe pode se superar diante da Raposa e deslanchar na competição. Para isso, precisará esboçar força diante de um gigante. O Bahia tem apenas 11 gols marcados e, em uma comparação breve, só o atacante rival, Marcelo Moreno, já assinalou 10. “Temos que fazer valer o nosso trabalho. Temos condição de reagir, de superar e de mostrar a grandeza da camisa do Bahia. Um resultado positivo seria o grande fôlego para a gente engrenar no campeonato”.

O pensamento positivo de Kleina também é baseado em um passado não tão distante. Em 2013, o Bahia venceu o adversário no Mineirão por 2x1. Na ocasião, o tricolor também tentava escapar do rebaixamento. Já o Cruzeiro só queria comemorar, diante de um estádio lotado, o título brasileiro conquistado na rodada anterior. Aquela foi a última derrota da Raposa em casa. De lá pra cá, são 21 jogos sem perder.

Violência

Kleina falou ainda sobre a agressão sofrida pelo zagueiro Titi na noite de terça-feira. Depois do treinamento, o jogador teve o carro apedrejado na porta do Fazendão por duas pessoas em uma moto, localizadas a pouco mais de 200 metros do CT.

Carro de Titi teve o para-brisa quebrado

"Eu condeno isso. Não posso concordar nunca. Ele é um atleta e não pode ser tratado como bandido. Tem que penalizar esses atos. Não vai ser dessa maneira que vão resolver o nosso problema. Temos jogadores importantes, e o Titi é um deles. Ele estava sozinho, mas podia estar com a família. Pode acontecer até da gente perder um jogador”, afirmou o comandante tricolor.

Titi foi perseguido pelos agressores até o bairro de Vilas do Atlântico, em Lauro de Freitas. Ele prestou queixa na mesma noite. “Acho que atitudes como as que ocorreram comigo e com Maxi não condizem com o que é o torcedor do Bahia. A gente fica extremamente triste. É lamentável. É uma situação que causa uma situação de intranquilidade. Fatos como esse só vêm a nos atrasar. A gente precisa do torcedor ao nosso lado”, pediu Titi, bastante chateado.

O desabafo do zagueiro seguiu. “É uma sensação de estar desprotegido. Esperamos que não aconteça mais. A gente está se preparando para novos desafios, para fazer um segundo turno melhor”, lamentou ele, que será titular na partida de hoje à noite, em Minas.