Postado por - Heitor Montes

Comemorando triunfo na estreia, Jorginho elogia Renê Junior: Monstro em campo

A noite foi dos estreantes na Arena Fonte Nova. Anunciados na semana passada, os meias Vinícius e Gustavo Ferrareis balançaram as redes e ajudaram o Bahia a vencer o Atlético-GO por 3 a 0. Fora de campo, um personagem também debutava pelo Tricolor. Contratado para substituir Guto Ferreira, que aceitou convite do Internacional, o técnico Jorginho deu um bom cartão de visitas. Ele comandou o time baiano no triunfo que rendeu a 9ª colocação na tabela de classificação da Série A.

Com o fim da partida, Jorginho concedeu a primeira entrevista pós-jogo pelo Bahia. Tratou de celebrar o resultado e destacou os pontos fortes apresentados pelo time.

- O resultado foi importante. Um triunfo em casa foi fundamental para as nossas pretensões, mas eu acho que, com a consistência que a equipe jogou, com a transição veloz... Eu fiquei feliz que eles tiveram um equilíbrio entre a transição rápida e a posse de bola. Trabalhei muito pouco em relação ao que já vinha sendo feito. O ambiente é maravilho. Parabenizar o Guto [Ferreira]. É uma equipe muito organizada. Fico feliz, porque dentro do jogo conseguimos duas situações fundamentais, que era a posse de bola, porque é uma equipe muito veloz, e algumas situações de jogo, principalmente na construção das jogadas, tiro de meta, acho que a gente dava muito tiro de meta longo. Foi o que aconteceu. A gente sabia das dificuldades do Atlético-GO, principalmente quando entra na área, é uma equipe que entra muito na área e sobra espaço quando você cruza para trás. Fico feliz que saiu um gol dessa forma.

Além dos estreantes, um velho conhecido roubou a cena. No Bahia desde a temporada passada, Renê Junior marcou o primeiro gol do time e contribuiu com roubadas de bola e interceptações no meio de campo. Jorginho não economizou nos elogios ao volante.

- O Renê Junior hoje foi absurdamente bem. Foi um monstro em campo. É isso que temos que buscar, fazer com que a equipe jogue com essa intensidade, esse comprometimento. A equipe tem chance de alcançar boas posições nesse Brasileiro.

O Bahia volta a jogar na próxima quinta-feira, às 21h (de Brasília), contra o Cruzeiro, na Arena Fonte Nova, em Salvador. O volante Edson, que deixou o campo machucado nesta segunda-feira, é dúvida para a partida.

Confira outras declarações de Jorginho:

Gol trabalhado
- A gente sabia das dificuldades do Atlético-GO, principalmente quando entra na área, é uma equipe que entra muito na área e sobra espaço quando você cruza para trás. Fico feliz que saiu um gol dessa forma.

Testes no meio de campo
- Nós tivemos algumas formações, e o Juninho foi uma das opções. Conversando com ele, porque eu sou muito direto com os atletas, perguntei como ele se sentiu. Ele disse que não se sentia tão bem [exercendo a função de meia]. Nossa questão era do gás, não sabíamos se o Vinícius ia aguentar. Mas nos três treinamentos ele foi muito bem. O posicionamento dele e a inteligência... Ele fez o que eu preciso de um meia, dando aquele passe final, que é fundamental, para que a gente possa furar o bloqueio de uma equipe. Sabemos que corremos riscos.

Ferrareis
- A gente também ficou feliz com a entrada do Ferarreis. Em nenhum momento ele treinou assim [como meia central]. Mas é um jogador com uma pegada forte, uma disposição física muito forte. Foi premiado com o gol.

Centroavante
- Tem jogos que você precisa daquele centroavante. Edigar cansou, e o Gustavo entrou determinado. Querendo ou não, Edigar também é uma referência, porque protege a bola muito bem e sabe fazer o papel de pivô. O que me deixa feliz nessa formação é que há uma troca constante. Quando Allione ou Zé vem por dentro, o Edigar ocupa essa função. Não é o que eu quero para ele, mas é importante.

Diego Rosa
- Temos jogadores que podem surpreender. Eu sei que está sendo criticado aqui, mas o Diego Rosa tem potencial para fazer o pivô. Normalmente ele vem entrando pelas pontas. Não é sua característica. Mas acho que ele tem muita qualidade pelo meio. Jogamos no 4-2-3-1, mas podemos facilmente mudar para o 4-1-4-1.

Torcida e ambientação
- Torcedor baiano é apaixonado. Eu gosto demais desse sotaque. Um dos meus maiores amigos, meu irmão, apesar de torcer para o rival, é o Bebetinho, meu amigo, irmão. Sempre achei maravilhoso esse sotaque. Aqui é um lugar de alegrias. Você se sente bem. Já me sinto em casa aqui. Fiquei muito feliz pela aceitação. Não costumo muito ver nas mídias, e foi legal quando meus filhos disseram que a aceitação estava maravilhosa. E eu quero agradecer ao povo baiano. É algo muito bom ir num shopping, e o carinho do torcedor foi muito grande. Espero retribuir com grandes triunfos em casa e fora também. Precisamos vencer fora também. A equipe não obteve triunfo fora por estar atenta a outra competição. Agora estamos totalmente focados.

Intensidade
- Questão da intensidade na transição ofensiva e defensiva, da equipe ser bem aplicada, perdeu a bola pressiona, não conseguiu, volta atrás da linha da bola. Isso precisa ser um conceito. Eu encontrei um grupo compenetrado. Isso é um conceito: você ser aplicado taticamente, se doar.

Fonte: Globo Esporte