Postado por - Heitor Montes

Em seu primeiro dia dos pais, Zé Rafael quer dedicar gol pro filho: Motivação

Jogador com mais finalizações no Bahia, segundo em roubadas de bola, terceiro em assistências, quinto em passes certos e por aí vai. Cheio de números positivos, o meia Zé Rafael tem mostrado importância para o time não apenas exercendo sua função na frente, mas também atrás. Porém, o atacante ainda busca melhorar esses números, principalmente um fundamental para ele e para a equipe: a média de gols.

Embora seja o maior finalizador do Bahia, Zé Rafael marcou apenas uma vez no Campeonato Brasileiro. E justamente contra o adversário do próximo domingo, o Atlético-PR, na rodada de abertura da competição. No próximo domingo, os times se reencontram pelo Brasileirão, e o meia busca voltar a marcar não apenas para encerrar o jejum, mas para fazer uma dedicatória especial.

- Eu me cobro muito para fazer gols. A gente sabe que, do meio para frente, é importante ter esses números. Mas tenho certeza que queria ter mais gols. Sou um dos maiores finalizadores do time. Não é por falta de tentativa. Algumas vezes têm sido mérito dos goleiros. Estou trabalhando para que esses números aumentem. Se domingo acontecer, vou ficar feliz para dedicar o gol ao meu filho. Nasceu essa semana, dia 7, o Heitor. Estou muito feliz com isso. Motivação a mais para levar dentro de campo. Vou correr, me dedicar para me esforçar mais – promete Zé Rafael.

Se serve de consolo, o jogador não precisa marcar gols para se destacar de uma outra forma pelo Bahia. O meia não só é o maior pontuar do time no Cartola FC, como entrou na seleção dos maiores pontuadores do primeiro turno do Brasileirão, com média de 6,55 por jogo. Zé lembra que chegou a jogar o Cartola no início do Brasileiro, mas depois não teve mais tempo para montar o time.

- Eu não sou muito ligado nisso. Até no começo comecei brincando, nas primeiras rodadas, mas, na correria, não tive mais tempo. Amigos brincam comigo, cobram mais. É uma brincadeira sadia, tem muita gente que joga para se divertir, outras que levam a sério. Acho legal, uma maneira de se divertir.

Mas caso volte a jogar o Cartola, o meia sabe bem o que fazer.

- Com certeza [me escalaria]. Se eu não me escalar, aí fica difícil. Eu me colocaria, sim, se eu jogasse. Se eu não tivesse no meu time, teria que parar de jogar bola [risos].

Com Zé Rafael, o Bahia enfrenta o Atlético-PR às 19h (horário de Brasília) de domingo, na Arena da Baixada. Com 23 pontos, o Tricolor ocupa a 13ª posição na tabela do Campeonato Brasileiro.

Confira outros trechos da entrevista coletiva de Zé Rafael:

Ajuda na marcação
- Acho que é uma função tática que os treinadores têm pedido para eu cumprir devido à característica. Tenho tentado me aprimorar e dar a melhor parte de mim. Acho que tenho ajudado bastante na marcação quando consigo e tento da mesma maneira ser eficiente no ataque. Parte do que o Preto cobra de mim, e acho que a gente tem feito bem.

Revanche do Atlético-PR?
- Tenho certeza que eles vão se preparar muito para esse jogo, até porque é início do segundo turno e todo mundo quer começar com pé direito. Nós vamos para lá para fazer um grande jogo como foi o primeiro. Para nós, cada jogo é uma decisão.

Início no Coritiba
- Essa rivalidade a gente sempre leva. Primeiro clube meu foi o Coritiba. Tenho carinho muito grande. Fica aquele gostinho de rivalidade, mas não dá para levar tudo para dentro de campo. Domingo vou para lá para dar o meu melhor.

Segredo para o triunfo
- Acho que a gente tem que ser um time experiente, tranquilo. Eles têm uma forma de jogar ofensiva lá, pressionam muito no início do jogo e no final. A gente tem que ser inteligente, saber jogar o jogo deles. Quando tivermos a oportunidade, sair para matar o jogo. Vai ser um jogo muito difícil, disputado, e quem errar menos vai sair com o triunfo.

Interesse de outros clubes
- Até agora não chegou anda até mim, não me informaram nada. Estou focado no Bahia, tenho o segundo turno para fazer um bom campeonato e alcançar o que a gente almejou e terminar ali na região da Sul-Americana, quem sabe beliscar Libertadores. Quanto a essa parte externa, dos outros clubes, não estou ligado. Não me passaram nada, e não cabe a mim definir essas coisas.

Preto Casagrande
- A gente está bem tranquilo. Preto é um cara bacana, que tem o grupo na mão, trabalha há um bom tempo como auxiliar. Ele tem nossa confiança, e a gente a dele. Ambos têm conhecimento de cada um. Ele sabe o que cada atleta pode render. Ele está feliz com a oportunidade, a gente também. Não cabe a nós [decidir se ele será efetivado]. A diretoria que resolve essa parte aí.

Preto tem capacidade para assumir o time em definitivo?
- Tem [condição de ser efetivado], por que não? Acredito que sim, mostrou isso. Nos jogos que teve oportunidade, mostrou capacidade. Espero que a gente possa ajudar a ele. Se a gente conseguir ter os resultados, ele vai ter mais oportunidades.

Fonte: Globo Esporte