Postado por - Newton Duarte

Emanuel dedica gols ao irmão que atua no futebol argentino

Em alta, Emanuel dedica gols ao irmão que atua no futebol argentino

Em Rosário, na Argentina, Bruno estava ansioso diante da televisão. "Ele me pediu que, se fizesse um gol, dedicasse a ele", diz Emanuel

Bochecha e rede estufada para a alegria de tricolores e argentinos. O primeiro gol de Emanuel coma camisa do Bahia foi dedicado ao irmão. Também em campo, Maxi recebeu um abraço carinhoso durante a comemoração do gol que abriu o placar contra o Flamengo, domingo, na Fonte Nova, mas a homenagem não foi pra ele, e sim para o caçula da família  Biancucchi.

Em Rosário, na Argentina, Bruno estava ansioso diante da televisão. "Ele me pediu que, se fizesse um gol, dedicasse a ele. Por isso fiz essa cara, ele tem muita bochecha. Gostou e ficou feliz. Ele estava vendo o jogo com meu pai", afirmou Emanuel, que falou com a família pelo WhatsApp logo após o  jogo. Os três filhos de seu Cláudio escolheram os caminhos do mundo da bola. Bruno tem 17 anos e é atacante das categorias de base do Newell’s Old Boys, mesmo clube que revelou Emanuel.

O mais velho, Maxi, sempre foi o protagonista dentro das quatro linhas e é o responsável pela vinda de Emanuel para o Bahia. No domingo, porém, o coadjuvante roubou a cena. Emanuel marcou os dois gols da vitória por 2x1 contra o Flamengo e garantiu a comemoração na Fonte Nova. "A verdade é que ainda é um sonho para mim o que fiz. Por fazer dois gols e ajudar a equipe nesse momento difícil. Estou muito feliz e não vou esquecer dessa partida nunca", contou. O resultado fez o tricolor subir da 16ª para a 14ª posição no Brasileiro e abrir quatro pontos da zona de rebaixamento.

O segundo gol de Emanuel foi de pênalti. Para estufar a rede outra vez, contou com a ajuda do irmão pra driblar uma orientação do técnico Gilson Kleina. "O treinador falou para bater Maxi ou Henrique, mas eu tinha falado com Maxi que eu estava confiante e que, se tivesse um pênalti, queria bater", revelou. Ordem descumprida, ele pegou a bola, soltou o pé e acertou o ângulo. Tudo calculado? "A bola subiu muito", admitiu, em meio a risos. "Todo mundo disse que ficou com medo, mas graças a Deus foi gol e está todo mundo feliz".

Emanuel colocou o DNA em campo, mas não o incluiu nas palavras. O meia não gosta de comparações com o primo do Barcelona. "Prefiro não falar do Messi. Nunca mais nos  falamos", resumiu. Amanhã, se não for poupado pelo técnico Gilson Kleina, Emanuel terá a chance de se firmar no time. O Bahia enfrenta o César Vallejo, do Peru, na Fonte Nova, às 19h30, pela Copa Sul-Americana.