Postado por - Heitor Montes

Entrevista: Evaristo de Macedo fala sobre a situação do Bahia

Ex-técnico do Bahia, Evaristo de Macedo prefere não dar palpite sobre o rendimento do time, mas torce pelo acesso tricolor

Aos 83 anos, Evaristo de Macedo viu de perto o triunfo do Bahia por 3x1 contra o Ceará, sábado passado, na Fonte Nova. Técnico do bicampeonato brasileiro tricolor em 1988, ele foi homenageado antes da bola rolar. Em respeito ao trabalho de Guto Ferreira, não quis ir ao vestiário falar com os jogadores, mas conheceu as instalações do estádio e se mostrou pé quente na arquibancada.

Você tem acompanhado o Bahia na Série B?
Quando você trabalha num clube e nele você tem amizades e reconhecimento, ele está sempre presente na sua vida. Mesmo quando eu estava em outros lugares, eu me preocupava em saber como estava o Bahia e como estava indo. Um time que a gente adotou também. O Bahia é prioridade. Sempre olho o Bahia na minha casa, vejo os jogos, fico acompanhando a televisão pra ver se vai ser transmitido ou não o jogo e fico torcendo, como estou torcendo agora para o Bahia se classificar e voltar à primeira divisão.

Você viveu glórias no Bahia e agora vê o time brigando pra sair da Série B. Como se sente?
Isso é o futebol. Se o futebol fosse só alegria, não teria interesse. O futebol te traz decepções, alegrias, entendimentos e desentendimentos também. Faz parte da vida do futebol.

Qual é a sua leitura do Bahia dessa temporada?
Eu não faço comentários técnicos. Eu acho que é uma covardia um ex-treinador ficar fazendo comentários técnicos de outra equipe. Tem um companheiro que está aí trabalhando e fazendo o seu melhor possível. Eu sou torcedor. Fico contente na vitória, torço por ela e fico triste quando as coisas não acontecem, mas não com raiva, de forma alguma.

O que achou da nova Fonte Nova?
Tô vendo uma Fonte Nova renovada, nova, muito bonita, mas eu sinto saudades da minha Fonte Nova. Ali nós tivemos grandes alegrias e está na nossa lembrança. Mas ficou muito bonita e acho que dá um conforto aos jogadores, aos dirigentes. É uma tranquilidade pra ir para o campo com esperança renovada, porque as vezes se você tem dificuldade antes do jogo elas te acompanham pra dentro do campo.

Como você vê essa homenagem feita a você?
Fico feliz e muito satisfeito, porque todo aquele esforço que nós fizemos é visto e ouvido. Fico muito feliz e, sobretudo, agradecido.

Fonte: Correio 24 Horas