Postado por - Heitor Montes

Guto Ferreira elogia inteligência do Bahia na decisão: Soubemos explorar os espaços

Pelas circunstâncias do jogo, em que o Bahia fez o primeiro gol e teve algumas polêmicas de arbitragem, a entrevista coletiva do técnico Guto Ferreira depois do empate em 1 a 1 com o Sport tinha tudo para ser de lamentações. Mas, na prática, isso esteve longe de acontecer. Tirando algumas reclamações com o árbitro Antônio Dib Morais, o treinador teceu vários elogios à postura dos jogadores na Ilha do Retiro, no jogo de ida idas finais da Copa do Nordeste.

- O time teve muita disciplina e foi muito inteligente. Soubemos ocupar e explorar os espaços que nos deram. Criamos muito mais situações que o Sport. O Bahia fez uma bela partida nos dois tempos e, se tivesse um vencedor, seria o Bahia.

Sem poder contar com o meia Régis, suspenso por ter sido expuldo no segundo jogo da semifinal, Guto optou por povoar o meio de campo com três volantes, mas o Bahia esteve longe de ter uma postura defensiva. O treinador elogiou muito a postura do volante Juninho, que, para ele, se aproximou muito do que Régis fazia e acabou sendo premiado com um gol.

- Eu não mudei nada. Juninho jogou de meia. Ele não tem a característica de Régis, mas ocupou o espaço que Régis ocupa. O detalhe é que Régis tem uma chegada mais forte, mas Juninho chegou e fez gol. Quando entrou na área, fez gol - avaliou o treinador.

Para o jogo da volta contra o Sport, que acontece na próxima quarta-feira, na Arena Fonte Nova, Guto Ferreira terá não só a volta de Régis, como também os reforços do volante Edson e do lateral-esquerdo Armero.

Confira abaixo outros trechos da entrevista coletiva de Guto Ferreira:

Importância de ter um elenco grande

- A nossa grande preocupação é ter peças que num campeonato tão desgastante, a gente possa mexer sem perder padrão. Temos em vários setores condição de fazer isso. Matheus Reis fez duas partidas tranquilas. Temos Armero e ele e talvez seja o setor mais tranquilo. Tivemos problema com Jackson e Lucas vem jogando bem. Ainda temos Edson e Rodrigo. Na lateral direita só temos Eduardo e temos que improvisar Éder. Os volantes temos quatro que tem alternado e sustentam o padrão da equipe. Régis nós temos um só. Hoje descobrimos que para essa partida fluiu. Em jogos fora de casa consegue, mas dentro tem que ter padrão mais ofensivo e se prejudica pela condição de ter que agredir mais.

Os atacantes do Bahia

- Maikon Leite está se soltando devagarinho e esperamos que Diego possa retomar momentos que já teve bons. E Gustavo também vai crescendo. A medida que a equipe vai conquistando resultados, vai firmando nível de confiança e os jogadores vão crescendo junto. A gente espera que possa crescer nesse aspecto. Direção está trabalhando e buscando peças para engrossar o caldo. Que a gente possa ter essa equipe intensa não só na marcação, mas também na agressividade. Quando se tem isso, tende-se a ter resultados expressivos.

Importância dos atletas que jogam pelos lados

- Não é nesse jogo. No modelo de trabalho nosso, nós temos necessariamente que ter extremos. Se você pegar uma estatística, desde o ano passado, onde eu faço mais as substituições, é ali. Porque a mobilidade deles... Primeiro, tem poucos extremos jogando no futebol brasileiro, que marcam o que os extremos do Bahia marcam e criam e chegam como eles chegam. Então isso é fantástico. Agora eu não posso ter dois, tenho que ter quatro. Quando eu tenho quatro nessa condição, nessa intensidade, aí o Bahia... Você faz 60 minutos, você bota outro zerado, entra com o tanque cheio, gasolina azul, aí tudo fica bom. A equipe, em vez de cair de produção, cresce. Então esse tipo de situação é muito importante.

Fonte: Globo Esporte