Postado por - Heitor Montes

Guto Ferreira faz alerta antes de enfrentar Juazeirense: “O Bahia já errou tudo o que podia errar”

Na tarde desta sexta-feira (2), o treinador Guto Ferreira concedeu entrevista coletiva no Fazendão. O principal assunto tratado foi o próximo desafio do Bahia no estadual, contra o Juazeirense, neste domingo (2), em Juazeiro. A partida é vista como decisiva pelo Tricolor, pois é um confronto direto pelas primeiras posições do Baianão. Um triunfo pode dar a classificação antecipada ao Bahia, mas uma derrota combinada com outros resultados, pode tirar a equipe do G-4.

Guto Ferreira sabe que o time não pode errar neste momento decisivo e espera que a equipe supere todos os obstáculos da partida. Para o treinador, o Juazeirense vive sua melhor fase nos últimos três anos:

Competição está na reta final, fase classificatória. Pela pontuação, tem seis clubes brigando. Quem vacilar está fora. O Bahia já errou tudo que podia errar. Agora, mais do que acertar e errar, nós temos que conseguir os três pontos. A nossa busca é essa. A gente sabe da dificuldade que é o jogo lá, sobre várias questões, sobre o momento da Juazeirenze. Nos últimos três anos, acho que é o melhor momento deles. Nos últimos dois anos eu acompanhei um pouco. Então coloquei um ano a mais aí. Mas tenho certeza de que eles vivem um momento muito positivo, com acesso à Série C, o momento do Campeonato Baiano, um trabalho sério que eles estão fazendo, com resultados importantes. Temos que passar por cima de tudo isso, ir lá, fazer um grande jogo e conseguir vencer

Apesar de reconhecer a importância da partida, Guto Ferreira acredita que o Tricolor não tenha "obrigação de vencer". Para ele, o triunfo seria mais como um "objetivo":

Eu não costumo andar por esse lado. Eu acho que esse tipo de carga que vocês querem colocar no esporte não tem nada a ver. Isso é só para vocês venderem. A obrigação é de jogar bem, obrigação de vencer...Você está jogando um esporte onde três resultados são possíveis. Existem "n" fatores que influenciam diretamente. Isso na minha opinião, cada um tem a sua, eu respeito. A imprensa coloca sempre que é obrigação. Então todo mundo tem obrigação de vencer. Porque todo mundo quer vencer. Para a sua torcida, todo mundo que vai dentro do campo tem a obrigação de vencer. Hoje ninguém valoriza qualquer outro resultado que não seja o triunfo. E o esporte, desde o princípio, você aprende com as derrotas, com os empates. E aprende com as vitórias. A vitória está deixando de ser o objetivo para ser obrigação. Está perdendo o sentido do esporte. Quando se coloca esse tipo de situação, está perdendo o sentido do esporte. "Ah, mas é profissão". Eu sei, e se busca o resultado, mas sentido o do esporte, ele perde, quando você coloca dessa maneira.

O treinador ainda completou:

Acho que é objetivo. É uma busca incessante. Mas obrigação, é uma carga pesada com isso. Se fosse assim, as equipes de maior investimento no futebol brasileiro tinham sempre que ser campeãs brasileiras. Não é isso que acontece. Muitas coisas envolvem o esporte, que criam o resultado final. O esporte é bonito justamente porque permite que, teoricamente, o mais fraco, em algumas batalhas, vença o mais forte. Pode não vencer a guerra, mas consegue se superar em muitas batalhas. Por isso é emocionante. Quando bota obrigação, perde o sentido de tudo isso que estou falando.

Confira o que Guto Ferreira falou em entrevista coletiva

Tempo livre para treinos
- Isso vamos enfrentar a temporada toda. Mais do que nunca, tivemos 10 dias pós-carnaval, a gente conseguiu ter um avanço considerável. Na retomada, tivemos um crescimento. O desempenho não foi adequado na última partida, mas tivemos um desempenho qualificado nas duas partidas antes dessa. Agora a gente teve de novo uma semana, onde a gente busca uma melhoria, uma qualificação, acréscimos, e também que a gente siga nessa tônica dos resultados, porque, mais do que nunca, nós precisamos de três resultados positivos, três triunfos. São três triunfos que nos dariam a classificação no Campeonato Baiano e na Copa do Nordeste. Essa visão, esse foco, essa mobilização, nós temos.

Trabalho no tempo livre
- Não foi nem analisar, foi trabalhar mesmo. Trabalhar em cima do que a gente já tinha observado nos jogos, para poder buscar o crescimento. Agora a gente espera que tudo que temos feito possa seguir avançando, melhorando, e o nível de confiança subindo. Em muitos aspectos, com certeza, pelos dados, pelo que fizemos e pelo controle que temos, houve avanços significativos.

Trabalho com e sem bola
- O jogo se dá na fase com bola e na fase sem bola, e aí você tem que qualificar as duas fases sempre. Você trabalhar mais uma coisa ou outra coisa não significa que a equipe esteja pior ou melhor. Mas significa as necessidades de você trabalhar as fases do jogo.