Postado por - Heitor Montes

Vendo uma disputa sadia na defesa, Jackson projeta Bahia focado em boa sequência

Na tarde desta quarta-feira (17), o zagueiro Jackson concedeu entrevista coletiva. Recuperado de uma grave lesão, que o deixou mais de um ano sem jogar, o defensor agora pensa na briga por um espaço no time titular do Bahia neste final de temporada.

Na zaga tricolor, Jackson vem disputando posição com Lucas Fonseca e Douglas Grolli, já que os também zagueiros Tiago e Everson estão machucados e não tem previsão de retorno. Como Lucas é titular do Bahia desde o ano passado, o seu principal concorrente por uma vaga é Grolli. Mas Jackson trata com naturalidade a disputa por uma vaga no time:

Importantíssimo. É uma briga muito sadia no dia a dia. É importante para o Enderson ter essa variação. Somos zagueiros importantes, experientes. Quem estiver dentro de campo vai corresponder.

Jackson falou sobre o próximo desafio do Bahia no Campeonato Brasileiro. O Tricolor tenta se afastar do Z-4, do qual está apenas três pontos acima, na 13ª posição, enfrentando o Botafogo, no próximo sábado (20), no estádio Nilton Santos.

O zagueiro retornou aos gramados contra o mesmo time, no mesmo estádio, em jogo recente pela Copa Sul-Americana. Em um cenário diferente, o defensor falou sobre a importância de um triunfo:

É uma reta final para a gente, importantíssima. Essa situação da parte de baixo tem incomodado muito a gente. Queremos sair o mais rápido possível. É um jogo importante, jogo de seis pontos. Esse é o objetivo. Fazer um bom jogo para trazer o triunfo. É um jogo difícil, como foi na Sul-Americana, apesar de a gente ter classificado. Perdemos o jogo, que foi muito difícil. Temos que ficar atentos para não acabarmos surpreendidos.

Jackson também falou sobre as estatísticas que o Bahia precisa alcançar no final do Campeonato Brasileiro. Para o zagueiro, o Tricolor não precisa pensar apenas em fugir do rebaixamento, e sim, também em conquistar vaga em torneios internacionais:

Pensamento é somar aqueles 43 a 45 pontos para poder livrar de vez qualquer susto para rebaixamento. Depois pensamos em coisas maiores. Conseguir Sul-Americana é importante, talvez pré-Libertadores. Quanto mais demorar essa derrota, vai ser importante

Confira o que Jackson falou em entrevista coletiva

Saudade do ambiente
- Me recordo da última, não lembro da data. A pauta era o retorno aos treinos. Graças a Deus, hoje em um patamar diferente. Saudade a gente tem. Será que ainda me lembro como funciona? Mas, graças a Deus, estou de volta, e é isso que importa.

Invencibilidade
- A gente está buscando esse equilíbrio. Acabamos perdendo essa invencibilidade. Queremos aumentar essa marcar mais, foram oito jogos. Só nos cabe entrar focados nos jogos, como tem sido, para sair com o resultado positivo. Quanto mais prolongar isso, melhor.

Volta
- Representa muita coisa. Foi momento muito difícil o que passei. Meus amigos mais próximos sabem o que foi. Sou grato a Deus pela nova oportunidade que me deu. Se não fosse Deus e a minha família, não teria conseguido.

Capitão
- Em 2016, não fui a Série B inteira, mas a maior parte. Esse ano, o Enderson tem rodado a faixa de capitão. Demonstra que não temos só um líder. É importante que todos possam assumir a responsabilidade. O mais importante que a faixa de capitão é o resultado.

Dancinha de Vinícius
- Sou mais conservador. Agradecer a Deus pelo gol, e a dança deixa para o pessoal do meio para frente. Eu acho legal que ele faça isso. Não desrespeita o adversário. Tem que existir isso no futebol. É o momento mais feliz do jogo. Tem que comemorar mesmo.

Dificuldade
- Depois da segunda cirurgia... Na primeira, era uma artroscopia simples. Passeis cinco meses tentando voltar e não conseguia, sentia dores. Na segunda cirurgia, a mais complicada, o Ávine passou por isso aqui. Não tinha certeza que voltaria a jogar. Era 50%. Isso foi muito difícil quando fiquei sabendo. Passei por processo cirúrgico, que foi bem. Na recuperação, ainda tinha aquela incerteza. Entreguei nas mãos de Deus, fiz tudo que tinha que fazer na recuperação. Minha família pode falar disso, enchia o saco mesmo. Tinha que ter cabeça muito forte. Eu tratava e não via que estava andando, sabe? Meus filhos que me davam combustível para continuar. Tinha que ter psicológico muito forte, ter a cabeça muito boa. A pior parte foi isso, quando teve que ia fazer a segunda cirurgia e não sabia que se teria que jogar. Voltei e bem. Infelizmente tive uma expulsão. O árbitro botou a mão na consciência e viu que não era para tanto. Mas é ser humano, acontece. Agora é só alegria.