“A cabeça não é a mesma”, diz Kleina sobre atraso de salários no Bahia
Treinador Tricolor afirma que o clube vive momento especial e espera que situações extra campo não influenciem no rendimento do time no Brasileirão e Sul-Americana
Os jogadores do Bahia completaram dois meses de salários atrasados. Antes do treinamento na manhã desta terça-feira, o elenco se reuniu com o diretor de futebol, Rodrigo Pastana, e cobrou explicações no gramado do Fazendão. Após a atividade, o técnico Gilson Kleina elogiou a atitude do dirigente, mas cobrou uma solução para o problema.
- A gente está administrando várias situações. Acredito que sempre com transparência, tudo aquilo que o clube puder dar de satisfação ao elenco é válido. O caminho que a gente sempre tem que levar é o da seriedade. Esse grupo é um grupo sério, que está em uma crescente, mas é uma coisa que afeta [atrasos de salário], a cabeça não é a mesma. O atleta com problema é um homem com problema. Chega um momento que isso também começa a atrapalhar – disse Kleina.
Na 14ª colocação do Campeonato Brasileiro, com 30 pontos ganhos, o Bahia vive um bom momento na competição, com três jogos de invencibilidade. Além disso, a equipe ainda disputa as oitavas de final da Copa Sul-Americana. Na partida de ida, o Tricolor derrotou os peruanos do Universidad César Vallejo, por 2 a 0, na Arena Fonte Nova.
- A gente quer também que o Bahia se encontre, possa resolver, pois o momento é muito especial e esperamos que essas coisas não possam atingir. A gente sabe que no futebol muitos clubes estão passando por essa situação, mas isso tem que acabar no futebol brasileiro, essas situações de salários atrasados, premiações. A gente tenta motivar e eles têm mostrado profissionalismo, mas é claro que a cabeça não está voltada só para trabalho de campo. A diretoria está fazendo tudo para regularizar, colocar tudo em dia, que é de fundamental importância para nossas pretensões, pois estamos em duas competições [Brasileirão e Sul-Americana] muito importantes – afirma o treinador.
