Postado por - Heitor Montes

Marcelo Sant’Ana confirma manutenção da diretoria e quer troféu em 2017

Marcelo Sant'Ana elogia fórmula de disputa do Campeonato Baiano 2017, mas avisa que Bahia pode ter time misto em algumas rodadas da competição estadual

Marcelo Sant Marcelo Sant'Ana confirmou a manutenção da diretoria tricolor (Foto: Felipe Oliveira / divulgação / EC Bahia)

A última rodada da Série B representou o início das férias dos jogadores do Bahia. No Fazendão, contudo, o mês que antecede a próxima temporada é de muita movimentação nos bastidores. Na manhã desta quinta-feira, o presidente Marcelo Sant’Ana concedeu entrevista coletiva para falar sobre os planos do clube para 2017. Ainda não há definição acerca de reforços ou renovações de contrato de atletas. Já no corpo diretivo, as decisões estão tomadas. Nei Pandolfo segue como diretor de futebol, e Marcelo Barros como diretor administrativo-financeiro. O diretor de Mercado Jorge Avancini tem contrato até o fim do ano, mas o desejo do mandatário tricolor é que haja uma sequência do trabalho.

Nei Pandolfo tem contrato com o Bahia, Marcelo Barros é celetista. Avancini termina contrato no final do ano, e a gente vai renovar. A não ser que ele diga que não quer ficar. Aí não depende de mim. Depende dele

Em 2017, o Bahia terá pela frente as disputas do Campeonato Baiano, Copa do Nordeste, Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro. A primeira competição da temporada será o estadual, que sofreu mudanças na fórmula de disputa. Marcelo Sant’Ana aprovou as alterações do torneio, que passa a contar com 11 clubes que se enfrentarão em turno único. Os quatro primeiros colocados avançam para a fase final, que será dividida entre as semifinais e a final, disputadas em jogos de ida e volta.

Apesar dos elogios ao novo formato do Campeonato Baiano, o presidente tricolor relatou a chance do Bahia não atuar com força máxima em alguns jogos.

É uma evolução grande para a fórmula que a gente tinha no ano passado. Turno único, seguido de semifinal e final. Para o futebol da Bahia é uma fórmula boa. Bahia e Vitória vão se sacrificar um pouco, mas acho que é um sacrifício válido em algumas partidas, é provável que a gente tenha que não atuar com a equipe principal para que, nas fases decisivas, chegue com o combustível cheio e capacidade de conquistar o título. Tanto no Baiano quando no Nordeste pode ser, se a gente tiver competência de começar bem, poupar um ou outro jogador, fazer um rodízio, para que na hora decisiva a gente possa estar jogando com 100% dos titulares, e os reservas com capacidade de entrar e resolver. Acho que a gente vai ter um campeonato melhor, mais competitivo, que vai agradar o torcedor.

Apesar de conquistar o acesso, principal objetivo do ano, o Bahia encerra 2016 sem títulos conquistados com a equipe principal. Marcelo Sant’Ana espera que o clube volte a levantar um troféu na próxima temporada. Sobre o Campeonato Brasileiro, ele avisa que é preciso ter cuidado na montagem do elenco. Em uma competição de nível técnico elevado, cada erro pode ser fatal.

Ano que vem o que espero é que o Bahia ganhe algum título, enquanto torcedor. Enquanto torcedor, quero é troféu na prateleira do Bahia. Em 2017 a gente tem que ganhar algum título. No Brasileiro a gente tem que ser honesto. Para tentar ganhar o Brasileiro de pontos corridos é um longo período. A não ser que eu chegue na frente do torcedor e minta. Mas acho que a gente tem condições de fazer uma grande Série A. Nas outras competições, por ser um perfil diferente, acho que se a gente encaixar um elenco e ser um pouco abençoado, a gente pode chegar mais longe. Aí dou exemplo de nosso time Sub-20, que está na final da Copa do Brasil Sub-20. (...) Passei 2016 inteiro ouvindo que o Bahia tinha obrigação de subir porque era o segundo time mais rico. Na Série A, o Bahia é, provavelmente, o 14º mais rico. Agora, que a gente é o “primo pobre” da competição, a gente tem que ter muito cuidado na montagem do elenco.

Confira outras declarações de Marcelo Sant'Ana:

CHAPECOENSE

Queria deixar registrado a solidariedade do Bahia com a cidade de Chapecó e com todo o clube da Chapecoense. Aqui no clube tem sido complicado. Cinco pessoas da comissão técnica vieram da Chapecoense. Um auxiliar técnico era primo do técnico da Chapecoense. Fora os profissionais que passaram por aqui. O Ananias foi criado aqui no clube. Sobre esse tema, é a única coisa que eu quero falar. Entendo a curiosidade, mas primeiro a gente tem que respeitar as famílias e os amigos. Quando as pessoas que derem continuidade ao sonho da Chapecoense quiserem falar como querem ser ajudadas, a gente vai estar à disposição. Acho que não é o momento de falar sobre o aspecto esportivo. O aspecto humano vem antes.

ACESSO

Foi um momento importante para o nosso clube. Terceira vez que o Bahia volta para Série A do Brasileiro. Tomara que seja a última vez, porque isso significará que o Bahia não vai ter descendido novamente. É um momento importante porque é um trabalho de reconstrução do Esporte Clube Bahia. O Bahia está dando alegria, aos poucos, ao seu torcedor. Motivos para se orgulhar do clube. A questão de falar ou não falar, é porque, quando eu era da imprensa, eu proibi de sair foto de dirigente no jornal, de sair foto de técnico mais de duas vezes por semana. Quem tem que ser valorizado é o jogador. A gente tem sempre que tentar valorizar os jogadores. Quando as coisas não dão certo, acho que a gente que é dirigente tem que assumir as responsabilidades e justificar o que deu errado.

ORÇAMENTO PARA 2017

A gente está fechando o orçamento para o ano de 2017. A gente vai apresentá-lo ao Conselho. O investimento no futebol profissional vai aumentar comparado a esse ano de 2016. Aproveito e peço para o torcedor do Bahia se converter em sócio. Sem o apoio do torcedor, vai ser muito mais difícil atingir o que os torcedores querem. A gente precisa dessa parceria.

Fonte: Globo Esporte