Postado por - Newton Duarte

Apresentado, Diretor de Futebol se defende de acusação

Apresentado no Fazendão, Pastana se defende de acusação

Rodrigo Pastana (E), o presidente Fernando Schmidt (C) e Marcus Vinícius Lima na apresentação

Empossado nesta quarta-feira, 30, como o novo diretor de futebol do Bahia, Rodrigo Pastana chegou ao clube sob pesadas desconfianças e responsabilidades. Uma delas é quanto a necessidade de tirar o Tricolor da vice­lanterna do Campeonato Brasileiro. Difícil para alguém que, até terça­feira, estava no figueirense, justamente o lanterna.

Outra, a mais grave, é quanto ao processo de improbidade administrativa que corre na Justiça do estado de São Paulo contra ele, seu pai e a empresa que possuem de gestão de futebol. O processo refere­se à época em que eles administravam o Grêmio Barueri (2006­2011).

Questionado sobre o problema, Pastana aproveitou a coletiva de apresentação nesta quarta-feira, 30, no Fazendão, para se defender: "Eu nem deveria estar num processo de improbidade administrativa, até porque nunca fui funcionário público. Abrimos a empresa Grêmio Talentos para fornecer as notas relativas as negociações dos jogadores que não tinham empresas para agenciar suas carreiras. Estes atletas precisavam usufruir das notas da Grêmio Talentos para receber o direito de imagem (que só pode ser pago a pessoas jurídicas). Os lucros da empresa vinham exclusivamente quando a Grêmio Talentos vendia algum jogador. Eram seis sócios, ao todo, e cada um deles recebia alguma compensação financeira pelo sacrifício diário na administração das questões relativas aos jogadores e ao Grêmio Barueri".

A empresa, segundo o novo diretor tricolor informa, está inativa desde 2011. "Só não fechamos porque o processo não permite. E esse processo só ocorreu por um erro administrativo da prefeitura (o clube tinha ligação com o prefeito), que ao invés de colocar que a Grêmio Talentos era uma empresa, colocou que era uma organização sem fins lucrativos. Mas, a Grêmio Talentos nunca agenciou qualquer jogador", afirmou.

Quanto a sua nova gestão no Bahia, Rodrigo Pestana, que trouxe junto o gerente de futebol Marcos Vinícius Lima, chegou com moral. Fernando Schmidt, presidente do clube, lhe garantiu total autonomia. Os outros três diretores de futebol nestes somente 10 meses da nova gestão tricolor dividiram parte da responsabilidade do futebol do clube com outros dirigentes, em especial com o vice­presidente Valton Pessoa.

"Pela grandeza do clube, o Bahia, certamente, é o maior desafio da minha vida. E minha atuação aqui não será só contratar e demitir jogadores e comissão técnica, mas integrar mais os departamentos vinculados ao futebol, como fisiologia, departamento médico...", declarou Pastana.


Fonte: Ricardo Palmeira – A Tarde

Foto: Ricardo Palmeira l Ag. A Tarde