Postado por - Newton Duarte

Copa Sul-Americana: River Plate vence o Atlético Nacional e sagra-se campeão; Assista

River derruba tabu sobre adversário e conquista sua primeira Sul-americana

Na noite desta quarta-feira, o River Plate-ARG conquistou a primeira Copa Sul-americana de sua centenária história. Atuando no inflamado Monumental de Núñez, os milionários fizeram o dever de casa e superaram o Atlético Nacional-COL, pelo placar de 2 a 0. Os gols do triunfo mandante saíram apenas na segunda etapa, em lances análogos: aproveitando escanteios cobrados por Pisculichi, no setor esquerdo, os defensores Mercado e Pezzella usaram a cabeça para construírem a vantagem em Buenos Aires.

Com o troféu levantado, se encerra um tabu de 17 anos. A última conquista internacional da formação de Buenos Aires havia ocorrido em 1997, na disputa da extinta Supercopa Sul-americana. Na ocasião, a banda roja superou o São Paulo de Darío Pereyra, com atuação excepcional de Marcelo Salas, pelo placar de 2 a 1, após uma igualdade sem gols no Morumbi.

Além da conquista pessoal, o River Plate encerra um jejum imposto pelo indigesto adversário: desde 1997, o Atlético Nacional não era derrotado em solo argentino. Porém, o retrospecto entre as equipes ainda segue equilibrado, com quatro vitórias colombianas, três empates e três triunfos milionários.

Em 2003, os argentinos também chegaram à decisão da Sul-americana. Contudo, acabaram derrotados pelo surpreendente Cienciano, do Peru. Na ocasião, a banda roja, comandada pelo chileno Manuel Pellegrini, atualmente no Manchester City-ING, empatou por 3 a 3 em Buenos Aires e terminou derrotada em Arequipa, distante 2.335 metros do nível do mar, por 1 a 0.

Consagrado dentro das quatro linhas, Marcelo Gallardo presenteou a torcida do River com a 1ª Sul-americana - AFP

Armani brilha e garante placar zerado no período inicial

O fato de ser argentino e torcedor fanático do River Plate injetou em Armani, goleiro do Atlético Nacional, uma notável sede de interromper a bela festa milionária em Buenos Aires. O arqueiro já começou trabalhando aos dois minutos, em venenoso cruzamento de Pisculichi na área alviverde. Aos oito minutos, o atleta voltou a espalmar uma investida do perigoso enganche mandante e ainda se esticou no rebote para evitar o gol de Carlos Sánchez.

Quando o relógio apontou a marca dos 11, Teo Gutiérrez teve sua primeira chance na partida. Porém, após cruzamento de Vangioni, o colombiano tentou cabecear no contrapé de Armani e acabou encobrindo a meta alviverde. Cinco minutos depois, o centroavante foi acionado com liberdade na área e finalizou cruzado. Porém, lá estava o inspirado goleiro argentino para espalmar com consistência.

Em um intervalo de quatro minutos, Armani praticou três defesas incríveis. Aos 27 minutos, o argentino espalmou uma bela cabeçada de Teo Gutiérrez, após cruzamento do Rodrigo Mora. Com 30 jogados, o goleiro visitante voou no canto esquerdo para evitar o primeiro gol do insistente centroavante colombiano. E, no ataque seguinte, se antecipou e impediu a conclusão do camisa 19, que recebeu um belo passe do parceiro de ataque uruguaio.

O habilidoso camisa 10 Cardona foi muito bem marcado por Ponzio e pouco produziu em Buenos Aires - AFP

A primeira boa chance do Atlético Nacional veio apenas quando o relógio apontou a marca dos 34: em rápido ataque pela ponta esquerda, Luís Ruíz cortou mercado, entortou Ponzio e cruzou na área. Porém, atento, Barovero segurou firme para salvar os donos da casa. Cinco minutos mais tarde, o goleiro milionário fez milagre para evitar a festa colombiana. Acionado em liberdade na área, o habilidoso camisa 10 Cardona finalizou rasteiro, mas viu o camisa 1, com os pés, praticar uma impressionante intervenção.

Todavia, o último lance da partida foi favorável aos argentinos: Rodrigo Mora fez bela jogada e serviu Teo Gutiérrez em liberdade. O colombiano invadiu a área, porém, demorou muito para concluir e se atrapalhou com a marcação que se recuperou, acabando desarmado por Armani.

River Plate usa a cabeça para derrubar jejum e levantar título inédito

Logo aos nove minutos da segunda etapa, o River Plate tratou de incendiar o Monumental de Núñez, inaugurando o marcador. Em cobrança de escanteio efetuada primorosamente por Pisculichi, no setor esquerdo, o defensor Mercado se antecipou à marcação e testou firme, com consciência. Armani voou no canto esquerdo, mas não evitou o balanço da rede.

O tento abateu o Atlético Nacional, que sofreu o segundo aos 14 jogados, em lance análogo. Em novo escanteio cobrado pelo maestro Pisculichi na esquerda, o jovem Pezzella testou firme, no mesmo canto, e venceu o arqueiro argentino, que esbravejou veementemente com a defesa alviverde.

A vantagem mandante poderia ser maior se Darío Ubriaco marcasse pênalti de Valencia em Pisculichi, aos 33 minutos do período final. Porém, as vistas grossas do juiz não diminuíram a festa argentina no Monumental de Núñez após o apito final.

O valente defensor Mercado inaugurou o marcador no Monumental de Núñez e inflamou a torcida milionária - AFP