Postado por - Newton Duarte

Cruzeiro x Bahia - Pré-Jogo

Festa e decisão: Cruzeiro recebe taça, e Bahia luta contra degola no Mineirão

Cruzeiro e Bahia se enfrentam, neste domingo, às 17h (de Brasília), no Mineirão

Enquanto mineiros vão comemorar o título brasileiro junto à torcida no Mineirão, baianos querem a vitória para espantar fantasma do rebaixamento


Belo Horizonte viverá uma tarde de festa neste domingo. Independentemente do resultado, o jogo entre Cruzeiro e Bahia, às 17h (de Brasília), no Mineirão, marcará a comemoração da conquista do Campeonato Brasileiro de 2013 pelo Cruzeiro. A diretoria celeste preparou uma grande festa, que começará assim que o árbitro apitar o fim da partida e não terá hora para acabar. E, tentando tirar proveito de todo esse ambiente festivo, o Bahia entra em campo pretendendo surpreender o campeão e sacramentar a permanência na Série A com um triunfo em terras mineiras.

Em ritmo de comemoração, o tricampeão brasileiro entra em campo com a missão de concretizar o toque final à festa da torcida, que irá ao Mineirão para celebrar a conquista do título. Para o cruzeirense, a vitória seria o último ingrediente de uma tarde em que a festa da Raposa terá direito à entrega da taça de campeão brasileiro, show de axé com trio elétrico e cerveja de graça nos arredores do estádio.

Ao contrário do Cruzeiro, o Bahia entra em campo para uma decisão, já que pode se livrar definitivamente do fantasma do rebaixamento. Para isso, terá que estragar a festa do título cruzeirense vencendo ou empatando dentro do Mineirão e torcendo para que, pelo menos dois dos adversários - Vasco, Fluminense e Coritiba -, sejam derrotados na rodada. Confiante, o técnico Cristóvão Borges já afirmou que "vai para a luta". Caso não consiga se livrar do rebaixamento contra os mineiros, o Tricolor terá que decidir a vida contra o Fluminense, na última rodada.

Cruzeiro: o time vai com força quase máxima para o jogo da entrega da taça. Em relação à última partida, são cinco retornos, e Nilton, lesionado, é o único desfalque. O time celeste terá: Fábio; Ceará, Dedé, Bruno Rodrigo e Egídio; Souza, Lucas Silva, Éverton Ribeiro, Ricardo Goulart e Dagoberto; Borges.

Bahia: como de costume, o técnico Cristóvão Borges não definiu a equipe que encara o Cruzeiro. Porém, é provável que Fahel ganhe a vaga de Feijão no meio, e Demerson assuma o lugar de Lucas Fonseca na zaga. No ataque, Marquinhos pode ser o substituto de Wallyson. É possível que o Bahia vá a campo com: Marcelo Lomba; Madson, Titi, Demerson e Raul; Fahel, Hélder e Anderson Talisca; Marquinhos, William Barbio e Fernandão.

Cruzeiro: dos titulares, o único ausente é o volante Nilton, com uma lesão na panturrilha direita. Fora isso, não há suspensos, e o departamento médico só tem um visitante, o atacante Martinuccio.

Bahia: a equipe tem três desfalques para o confronto. Além de Feijão, suspenso, o zagueiro Lucas Fonseca, com um estiramento na coxa, e o atacante Wallyson, com dores no tornozelo, não enfrentam o Cruzeiro.

Cruzeiro: Dagoberto, Egídio, Leandro Guerreiro, Mayke, Souza, Vinícius Araújo e Willian.

Bahia: Madson, Marcelo Lomba, Rafael Donato, Rafael Miranda, Titi e William Barbio.

André Luiz de Freitas Castro (GO) apita o jogo, auxiliado por Márcia Bezerra Lopes Caetano (RO) e Fabiano da Silva Ramires (ES). O árbitro já atuou em 17 partidas neste Brasileiro, sendo uma da Raposa e uma do Tricolor baiano. Ele tem média de 4,4 cartões amarelos aplicados e já expulsou cinco jogadores. André já marcou quatro pênaltis e assinala 27,7 faltas em média. O campeonato tem média de 4,3 cartões amarelos e 0,3 cartões vermelhos. São 34,7 faltas em média por partida e 0,2 pênalti por confronto.

Cruzeiro: não fosse pelo fato que o Cruzeiro já ter conquistado o título, esta partida seria considerada a barbada da rodada. Em 21 partidas com mando cruzeiro no Brasileirão, 15 vitórias dos mineiros, uma vitória dos baianos e cinco empates. A vitória do Bahia data de 1991. Foram 45 gols do Cruzeiro e 12 do Bahia. Os cruzeirenses são a terceira equipe menos punida com cartões no segundo turno (30 amarelos), é a única que não teve jogador expulso no período. A quarta que menos faltas cometeu (276). E ainda assim, sua defesa reúne no segundo turno o quinto melhor índice de finalizações sofridas que entraram em seu gol (7,7%). Se os adversários pouco acertam o seu gol, o ataque cruzeirense brilha por sua precisão: é o melhor aproveitamento de finalizações feitas que resultaram em gol (15%). Foram 33 gols no segundo turno, o ataque mais eficaz.

Bahia: é a quarta equipe mais punida com cartões (47 amarelos e três vermelhos) e a quinta que mais cometeu faltas no segundo turno (317). Mas o que vem mantendo mesmo o Bahia fora da zona de rebaixamento (está na 13ª colocação com três pontos a mais que os "rebaixados") é o impressionante desempenho do goleiro Marcelo Lomba na segunda metade do campeonato. O Bahia é o que mais tem defesas difíceis na segunda metade do Brasileiro (36 e apenas quatro foram feitas pelo reserva Omar). No ataque, o Bahia é o quarto que menos conseguiu finalizações certas (67). Para se ter uma ideia melhor do desempenho, é o quinto ataque que menos finalizações fez e o nono de pior índice de finalizações que viraram gol (8,4%). Conclui pouco e mal. É o quinto time que menos fez gols no segundo turno (16).

Pelo Campeonato Brasileiro de 1994, Bahia e Cruzeiro jogaram na Fonte Nova. o Tricolor Baiano venceu a Raposa por 2 a 1. Os gols foram marcados por Raudnei e Paulo Emílio para o Bahia, enquanto Jean Carlo descontou para o tome Mineiro.


Fonte: GE.COM

Foto: Marcos Ribolli