Contra o César Vallejo, Kleina pede que Bahia saiba administrar vantagem
Tricolor enfrenta equipe peruana na noite desta quarta, em Trujillo, e pode perder por até um gol de diferença para se classificar à próxima fase da Sul-Americana
No Peru desde a noite de segunda-feira, o Bahia tem uma partida decisiva na noite desta quarta. O Tricolor vai enfrentar o Universidad César Vallejo, em Trujillo, em jogo de volta das oitavas de final da Sul-Americana. Como venceu o adversário por 2 a 0 no duelo de ida, a equipe baiana pode perder por até um gol de diferença que, ainda assim, se classifica à próxima fase do torneio continental. Se conseguir chegar às redes uma vez que seja no estádio Mansiche, a situação fica ainda melhor: os peruanos terão que marcar três gols para seguir na competição.
Nesta terça-feira, o técnico Gilson Kleina falou sobre a vantagem que terá em Trujillo. Para o treinador, é preciso ter inteligência para aproveitar as condições favoráveis e minimizar os obstáculos no duelo desta noite.
- Nós estamos indo para um mata, então estamos bem cientes de que temos uma vantagem. Nós conversamos isso, que temos que ser inteligentes para administrar essa vantagem no momento certo. Se estiver indo aos “finalmentes”, saber usar a vantagem e, ao mesmo tempo, não abdicar de tentar fazer um gol. Cada gol nos dá uma condição de uma margem mais segura. Então é isso que a gente quer. Agora também passamos a mobilização que o adversário está fazendo. Eles já sabem do resultado, vão vir para cima, até porque é o espírito da competição, entender a maneira como a arbitragem vai atuar, se vai deixar correr mais o contato ou não. Tem um detalhe que hoje me chamou atenção, que é o vento. Eles já estão acostumados a trabalhar com essa diferença. Tudo aquilo que pode envolver o clima num jogo decisivo como esse. Mas os jogadores estão bem conscientes. Espero que a gente possa levar a classificação para Salvador – disse o técnico.
- A postura, a gente tem que procurar o gol. A gente sabe que o adversário vai vir em cima, vai fazer uma marcação mais alta, tem o apoio do torcedor. Nós temos que saber jogar esses jogos. Nós fizemos 90 minutos e temos mais 90 minutos para saber administrar ou ampliar essa vantagem - completou.
A delegação do Bahia saiu de Salvador na manhã de segunda-feira e só chegou ao Peru durante a noite. Na manhã de terça, os jogadores saíram de Lima rumo a Trujillo, onde treinaram durante a tarde. A rotina puxada e o cansaço podem ser inimigos importantes na noite desta quarta, mas o técnico Gilson Kleina acredita que o elenco tem outro adversário a vencer: o emocional. O treinador faz uma avaliação das consequências da derrota para a Chapecoense, no último domingo, sobre o psicológico do grupo.
- Estamos recuperando os atletas. Temos dois aspectos, que são o físico e o emocional. A equipe vem de uma derrota, com a qual não contávamos. Mas eu acredito muito na reação, no poder do grupo, nessa união. O aspecto emocional é o mais difícil. Você tem que motivar, reagir e, o tempo todo, falar da competência que temos para fazer. Campeonato Brasileiro é muito difícil. Nós não queríamos entrar novamente na zona de rebaixamento, mas isso aconteceu. É viver um jogo de cada vez e um momento de cada vez. É isso que a gente está fazendo. Fazer de tudo para ser competente e eficiente para sair daqui com a classificação, que isso vai nos dar condição de sair com autoestima e confiança para o jogo contra o São Paulo. E, no jogo contra o São Paulo, no Brasil, focarmos definitivamente para fazer um bom jogo e um bom resultado no Morumbi - finalizou.
O grupo tricolor sai de Trujillo rumo a Lima na manhã de quinta-feira e passa a noite na capital peruana. Na manhã de sexta, a delegação embarca para São Paulo, onde deve realizar um treinamento durante a tarde. A partida contra o Tricolor paulista, pela 29ª rodada do Brasileirão, está marcada para as 18h30 de sábado.
