O silêncio dos inocentes, ou dos ‘sem prestígio’
Já tive oportunidade de citar que a entrevista do Presidente Fernando Schmidt ao Jornalista Bob Fernandes do portal Terra foi um erro político grave. Ele confiou em frase dita em momento explosivo da Presidente Dilma, que havia afirmado que promoveria uma ampla reforma no futebol Brasileiro, e no mesmo dia, declarou-se opositor aos políticos de ‘velha xepa’ que comandam a CBF, reconhecidamente vingativos, e detentores do PODER no moribundo futebol Brasileiro.
Previsível, a mandatária do País, através de seu porta-voz na área do Esporte, qual seja: O Ministro Aldo Rebelo, comandante da pasta, ainda no mesmo dia, veio a público e ‘disse que o que ela disse, não foi bem o que ela quis dizer, e que o dito ficava pelo não dito’.
Resumindo: Caíram em si e viram a bobagem que haviam falado.
Schmidt, e principalmente a instituição Esporte Clube Bahia, seguramente ficaram marcados. Independente das nossas próprias fragilidades.
O Corinthians é a menina dos ovos de ouro da mídia nacional. São sempre beneficiados em tudo. De resultados de estranhas pesquisas, passando pelas verbas publicitárias e de TV, terminando com o poder político de estar no estado mais rico da nação. Além disso, a detentora dos Direitos de transmissão dos jogos do Brasileirão, blinda, em qualquer perigo, o clube do Parque São Jorge.
Mais ainda, é visível a perda de prestígio do Tricolor. À época do “de cujos” “Presida” MGFilho “Deputa” vivíamos a reboque das opiniões de Andrés Sanchez, ex-presidente do retro mencionado clube bandeirante.
Nós? Nem isso mais!
Entramos mudos e saímos calados. O Vice, que até pouco tempo José Maria Marin nem sabia quem era, possui mais espaço que “nós”. Presidem a Liga do Nordeste e estão atuando fortemente dentro da CBF.
Agora, o dito "poderoso" clube paulista está envolto num imbrólio de registro de um jogador. A imprensa noticiou, o clube se manifestou, o STJD se colocou à disposição... E o Bahia, interessado direto na tabela de classificação do Campeonato Brasileiro e, especialmente, na Copa do Brasil, haja vista a receita que se aufere a cada passagem de fase... Nada! Nem uma palavra! Nem um piu!
Pífios! Já foram cooptados e estão de cócoras. Perderão sem lutar por seus direitos.
Vivemos de bravatas e arrogâncias. Vivemos de passado e inapetências presentes. Vivemos de entrevistas desastradas nas TV's. E só!
Torna-mo-nos pois, pequenos! Sem voz. Sem força. A beira do abismo e com os olhos vendados.
Alguém peça para parar. Ou melhor: Peçam para sair!
Abram a boca e digam a que vieram.
