Jean retorna da Seleção, elogia Douglas Pires e se coloca à disposição
Goleiro retorna ao Bahia após ficar com o segundo lugar na Copa do Mundo Sub-20 com a Seleção Brasileira. Ele briga pela posição de titular com Douglas Pires
No início de 2015, Jean era apenas uma promessa das categorias de base. Goleiro titular dos juniores, estava no fim da fila para assumir a camisa 1 do time profissional. O tempo passou, oportunidades apareceram e o jovem atleta assumiu a titularidade no Tricolor. A ascensão relâmpago o credenciou a disputar o Mundial Sub-20 com a Seleção Brasileira. Crescimento superlativo para um jogador que tem o apelido no diminutivo.
Nesta segunda-feira, Jean se reapresentou no Fazendão. O atleta desembarcou em Salvador com a segunda colocação no Mundial Sub-20 – o Brasil perdeu a final para a Sérvia. O título não veio na bagagem, mas o atleta tem motivos para comemorar. Ganhou experiência e projeção internacional com a camisa amarela, herança que ele não pretende desprezar.
- Volto diferente. Volta um Jeanzão. Um pouco mais experiente. Foi uma experiência incrível. Jogar uma Copa do mundo dá uma experiência inexplicável. Volto mais maduro, focado, concentrado, um pouco melhor – contou Jean.
No período em que Jean esteve na Copa do Mundo, Douglas Pires assumiu a vaga de titular do Bahia e acumulou boas atuações. O retorno do jovem goleiro deixa a briga pela camisa 1 tricolor mais acirrada. Jean prefere não se envolver nas decisões sobre escalação. Repassa a responsabilidade para Sérgio Soares, que terá até sexta-feira para definir o time que encara o Luverdense no sábado, na Arena Fonte Nova, pela 9ª rodada da Série B.
- O Douglão está bem. Vai ser uma briga boa. A decisão é do Sérgio [Soares]. Quero treinar. Se vou jogar a decisão é dele. O Douglão meu pai está bem demais – disse o atleta.
Jovem goleiro volta para brigar com Douglas Pires pela vaga de titular (Foto: Divulgação/EC Bahia)
A condição física Jean garante que não será um problema. O jovem goleiro de 19 anos diz que não quer ser poupado de treinos e jogos. Férias antecipadas? Nem pensar.
- Quero folga não. Estou com saudade de vestir essa camisa, de entrar em campo pelo Bahia. Deixa as férias para dezembro, quando acabar a Série B e a gente estiver classificado para a Série A. Quero voltar logo. Se puder, amanhã já quero treinar. (...) Estou prontíssimo. Estou morrendo de saudade de entrar em campo, ver a torcida do Bahia. Estava jogando, não estava parado, estou em forma. Quero bastante, mas a decisão é dele [Sérgio Soares]. Se quiser, estou aí – afirmou.
Confira outros temas abordados por Jean na entrevista:
DIFERENÇAS ENTRE SALVADOR E NOVA ZELÂNDIA
- Tá bastante calor. Calor está pegando um pouco. Lá eram 4º, 7º ou 8º. Mas estava com saudade do calor. Lá o pé ficava dormente na chuteira. Passei frio lá. O fuso horário estou tranquilo. É bastante tempo, acho que são 15h de diferença. Mas como a viagem de avião a gente não dorme direito, cheguei ontem, dormi, acordei. Acho que hoje de noite vai dá para dormir legal.
SEGUNDA COLOCAÇÃO NO MUNDIAL
- Chegar na final e perder deixa um gosto amargo, uma tristeza no coração. Fizemos uma grande campanha. Para quem estava desacreditado, fomos bem longe. Queríamos o título para coroar, fechar com chave de ouro. Não foi possível, mas acho que mostramos como o futebol brasileiro ainda é forte. Depois do 7 a 1 da Alemanha. Algumas coisas que nos deixaram tristes. Mas que faz parte do futebol. A gente via amigos próximos falando que o futebol brasileiro nunca mais seria o mesmo. A gente mostrou que na base, e no profissional também, a Seleção está se renovando. A gente viu uma cidade que foi atingida por um terremoto e estava sendo reconstruída. Nós fazemos parte da reconstrução do futebol brasileiro. Chegar até aqui foi importante para mostrar nossa força, que o futebol brasileiro ainda está vivo.
MOMENTO MARCANTE NO MUNDIAL
- Difícil. Foram momentos incríveis. Diferentes, mas incríveis. O pênalti contra Portugal foi um momento de bastante felicidade. Foi um dos jogos que mais comemorei.
VALORIZAÇÃO
- Não só eu, mas todos que estavam no grupo voltam valorizados para o clube. É uma Copa do Mundo, vista pelo mundo todo. Todos que estavam lá voltam valorizados.