Postado por - Heitor Montes

Preto Casagrande despista sobre Juninho Capixaba e não confirma Rodrigão

O caso de Rodrigão, que levou uma pancada no mesmo pé que havia lesionado no triunfo sobre a Ponte Preta, é o principal motivo de indefinição do técnico Preto Casagrande em relação à equipe que vai enfrentar o Vasco. Na tarde desta sexta-feira, o atacante não desceu para o campo para realizar o treinamento junto com os companheiros – pelo menos até o momento em que a imprensa teve acesso à atividade, já que só foi liberado para registro o aquecimento do elenco.

Rodrigão será reavaliado pelos médicos do clube para saber se será liberado para a partida, como explicou Preto em entrevista coletiva. Ele revelou que Tiago também passará pelo procedimento, embora o zagueiro tenha descido para o campo.

- Na verdade, nem o treino hoje foi definido. A gente tem algumas indefinições justamente por conta de alguns incidentes, o Rodrigão que saiu antes do treino de ontem, o Tiago também. Vão ser reavaliados pelos médicos para a gente ter uma ideia do que pode ser definido para o treinamento de hoje, não só para o jogo. Só para citar um exemplo, na semana passada, nós nos reapresentamos na terça-feira, estava difícil definir o time que ia treinar contra o sub-20. De repente, na sexta-feira, eu tinha menos quatro jogadores que treinaram na terça e na quarta-feira: Maikon Leite, Vinicius, Lucas foi suspenso. Só para ter uma ideia de como é a dinâmica no futebol – afirmou o treinador.

Sobre a lateral esquerda, Preto fez mistério. Juninho Capixaba treinou entre os titulares durante a semana, mas o treinador não confirmou sua presença na equipe.

- Todo mundo que está aqui tem chance de aparecer no domingo. Vocês estão aqui no dia a dia, no treinamento. Eu confio neles e conto com cada um deles para qualquer partida. Não é o fato do Juninho ter treinado um dia ou outro que é considerado titular. A gente está analisando, vamos ver o dia de hoje, amanhã, para tomar a melhor decisão – afirmou.

Bahia e Vasco se enfrentam neste domingo, às 16h (horário de Brasília), na Arena Fonte Nova.

Confira outros trechos da coletiva de Preto Casagrande.

Reencontrar o Vasco
- Vou falar que sou muito grato por tudo que vivi no Vasco. Cheguei com 15 anos, saí de Cascavel, uma cidade pequena, para apostar nessa vida de atleta profissional. Então acho que a palavra é gratidão, aprendi muita coisa. Iniciei minha faculdade no Rio de Janeiro, o Vasco sempre me apoiou. Foram dias muito difíceis. Morar na concentração, embaixo da arquibancada, e ao mesmo tempo de aprendizado. Tenho gratidão, carinho especial, mas já tem muito tempo. Estou velhinho agora, tenho um carinho enorme pelo Bahia e é por isso que trabalho da melhor maneira.

Mudança tática
- Independente do esquema tático do Vasco, o mais importante é o que a gente tem feito por nós mesmos. A atenção tem que ser redobrada. A gente conversa diariamente com os atletas sobre a equipe do Vasco, sobre possíveis mudanças. Mas o mais importante somos nós, a maneira com que vamos nos comportar diferente. O Vasco não está numa situação fácil, se ganharmos, passamos eles na tabela. Um jogo decisivo, importante. Mas nossa maior preocupação é diminuir os erros, principalmente diante do que aconteceu diante do Atlético. A gente tem que trabalhar, passar o máximo de informação para os atletas. Eles estão focados no que têm que fazer para tentar neutralizar a equipe do Vasco.

Diferença para o jogo do primeiro turno
- A diferença é muito grande. São outros atletas. O treinador do Vasco não é o mesmo. Eles sabem que cada jogo é uma história diferente independente de adversário. A gente sabe da dificuldade de enfrentar o Vasco. O Vasco não tem jogado bem em casa, mas tem conseguido fora de casa. Milton Mendes é um cara estudioso, vai tentar neutralizar o que a gente tem de melhor. É um jogo de inteligência, sabedoria e principalmente de muita atenção. Quem errar menos vai conseguir ganhar o jogo.

Como espera o Vasco
- O Bahia é fácil, joga em casa, vai sair para o jogo, tem maior responsabilidade. Mas o Vasco tem esquema definido. Foram com três zagueiros contra o Palmeiras. Usaram o contra-ataque, velocidade do Matheus Vital, Paulinho pela esquerda, que são jogadores leves. Com a entrada do Luís Fabiano muda um pouco, um cara de referência, segura a bola. Vai tentar segurar a bola para ultrapassagem desses jogadores. Da mesma forma que a gente tem que ter qualidade, valorizar a bola, tem que ter transição defensiva rápida, ficar mais com a bola e usar no momento certo o que a gente tem de melhor, que é a infiltração do Mendoza, Zé, enfim, usar as qualidades individuais de cada atleta.

Torcida
- Falar de torcedor do Bahia é simples. É fundamental nesse processo. Tive experiência como atleta, agora como treinador. É imprescindível um torcedor apaixonado, que faz a diferença dentro do estádio. Queria convocar o torcedor, dizer que acredite realmente. Nós temos dois jogos em casa agora, o Bahia tem a quinta maior média de público. A gente sabe que esse jogo é muito importante, o torcedor vai fazer a diferença. O equilíbrio do Campeonato Brasileiro é muito grande. Esse algo a mais vem da arquibancada, os atletas sentem isso, essa energia. A gente espera que lotem a Fonte Nova e façam a diferença no domingo.

Balanço
- Acho que dois jogos eu não consegui trabalhar, foi na base da conversa. Não tive tempo. Contra o Atlético-PR, tivemos tempo, fizemos um excelente primeiro tempo dentro daquilo que foi trabalhado, ajustado, com a minha metodologia. No segundo tempo, tivemos uma desatenção. O primeiro gol foi crucial. E aí acabamos perdendo o equilíbrio. A gente falou para os jogadores que aquilo foi um caso, uma fatalidade. A equipe tem essa consciência, a gente está tentando mostrar isso para os atletas, o quanto é importante eles acreditarem no trabalho que está sendo feito. Mas é como eu digo, os detalhes definem as partidas. Então, a concentração, atenção, são fundamentais nesses jogos.

Fonte: Globo Esporte