O gol de Bruno Cortez aos 40 minutos do segundo tempo foi um banho frio para o Bahia. Gol que frustrou uma equipe que pouco sofria em termos defensivos na partida contra o Grêmio e estava próxima de segurar um resultado importante jogando fora de casa – seria o primeiro ponto longe dos seus domínios em três jogos realizados. Mas isso não quer dizer que o Esquadrão não flertou com o azar e deu margem para esse tipo de situação.
Com uma clara postura de se fechar atrás e buscar o contra-ataque – uma das principais armas do time na temporada -, o Bahia só conseguiu executar com precisão a primeira parte da estratégia. O time comandado por Jorginho fechou os espaços, dificultou as infiltrações do Grêmio, mas não conseguiu contra-atacar e ameaçar o adversário como vinha fazendo nas partidas na Arena Fonte Nova. E olhe que teve muita chance para isso, principalmente no primeiro tempo.
Com o time gaúcho em busca do resultado, o Bahia teve espaço e condição de contra-atacar e marcar o seu gol, mas erros de passe e decisões equivocadas na definição das jogadas impediram que isso se realizasse. O próprio técnico Jorginho admitiu, na entrevista após o jogo, que faltou encaixar a transição ofensiva:
- A gente não conseguiu esses últimos passes finais, saíram nas costas dos jogadores. Não conseguimos encaixar o nosso forte, a transição ofensiva. O plantel é bom, grupo jovem, competitivo e comprometido com os objetivos do clube – disse Jorginho.
E sem acertar passes, o Bahia foi ficando cada vez menos com a bola – segundo o site Futstats, o jogo acabou com 61% da posse de bola para o Grêmio e 39% para o time baiano – e dando margem para o adversário trabalhar no campo de ataque. Sem ser brilhante, sem fazer pressão e exigir muito de Jean, o Grêmio conseguiu marcar o gol em um lance de bola parada.
Há de se destacar a postura segura do Bahia em se defender e segurar com eficiência o ataque mais positivo do Campeonato Brasileiro até aqui – o Grêmio marcou 16 jogos em seis partidas. Mas não se pode esquecer que atacar também é uma forma de se defender. E isso o time fez pouco. Finalizou seis vezes contra 11 do rival e acabou por correr riscos. Algo que precisa ser corrigido urgentemente. Afinal de contas, quinta-feira, contra o Coritiba, tem mais um jogo fora de casa.
Fonte: Globo Esporte