Depois de enfrentar um Atlético-PR desfalcado e um Atlético-GO com evidente fragilidade, o Bahia tinha no Cruzeiro o seu principal desafio [na Arena Fonte Nova] até aqui no Campeonato Brasileiro. Uma equipe que, embora sem algumas peças importantes, é muito bem treinada pelo técnico Mano Menezes. É verdade que a expulsão de Henrique, logo no início do primeiro tempo, facilitou a vida do Tricolor, porém o time venceu de forma convincente e até poderia ter feito mais de um gol, pois jogou para isso, sobretudo na primeira etapa.
O setor ofensivo tricolor, a cada jogo, mostra evolução. Mesmo sem Régis, o entrosamento entre Allione, Zé Rafael e Edigar Junio permitiu que o novato Vinícius se sentisse à vontade na função de meia central do 4-2-3-1 de Jorginho, embora sem a mesma intensidade dos companheiros. Movimentação, criação e ocupação de espaços, infiltrações. O quarteto ofensivo do Bahia não para.
Uma das virtudes dessa equipe é ter dois pontas armadores. Zé Rafael e Allione são inteligentes e fecham para jogar por dentro, buscando aproximação e tabelas curtas e rápidas. Claro que, por vezes, a equipe sente falta de um ponta de velocidade para proporcionar mais amplitude, porém ambos os meias são capazes de desestabilizar o sistema defensivo adversário através do drible.
Repare no lance do gol a sintonia entre Allione e Zé Rafael, que triangulam até achar acionar Edigar na pequena área.
Debaixo das quatro linhas, Jean segue mostrando sinais de amadurecimento. E vai salvando a equipe quando necessário. Repara só nessa defesa.
- Precisamos trocar passes no campo do adversário. Trocamos no nosso campo, o que é extremamente perigoso – frisou o técnico.
Outra peça importante na partida, Juninho recua para jogar entre os zagueiros e qualificar o passe no início da jogada. Veja na imagem abaixo.
[caption id="attachment_35143" align="aligncenter" width="672"]
O Bahia foi tão superior na primeira etapa que poderia ter matado o jogo cedo. Faltou, no entanto, ser mais incisivo nas ações ofensivas, algo que vem desde os tempos de Guto Ferreira. O time sofreu com a melhora do Cruzeiro na etapa final, que ajustou a marcação, adiantou as linhas complicou a saída de bola tricolor. No ataque, apostava nas aproximações e trocas de passes curtos, oferecendo muito perigo.
Mais para o fim do jogo, com o cansaço do rival, o Bahia poderia novamente ter matado o jogo em contra-ataques, porém Edigar Junio e Mendoza desperdiçaram boas oportunidades.
Fonte: Globo Esporte