A expectativa era de um Bahia fechadinho, com linhas baixas e apostando nos contra-ataques contra o Santos, que jogava diante de um belo público no Pacaembu. O próprio técnico Jorginho afirmou que assim o faria depois do triunfo contra o Atlético-MG, no meio da semana, quando a estratégia funcionou perfeitamente. Mas não foi isso o que aconteceu. O Tricolor mudou a postura, adiantou as linhas e chegou, por muitas vezes, a pressionar o Peixe no seu campo de ataque. Prova disso é que o Bahia teve mais posse de bola tanto no primeiro (51% x 49%) quanto no segundo tempo (51% x 49%) de jogo, de acordo com números do footstats.
A escolha por Allione em detrimento de Mendoza já denunciava a intenção do treinador tricolor, que sabia que seu adversário é um time vertical e de velocidade, sem tanta paciência para trabalhar a bola. Com o argentino de um lado e Zé Rafael do outro, o Bahia tinha dois pontas-armadores, que valorizam a bola e buscam o jogo por dentro.
A equipe até fazia uma partida digna até levar o primeiro dos três gols marcados por Bruno Henrique. O Santos castigou nos contra-ataques e transições em velocidade, especialmente com Bruno Henrique pelo lado esquerdo de ataque, batendo de frente com Eduardo.
Assista ao primeiro gol do Santos.
Confira o segundo gol de Bruno Henrique.
Com a vantagem confortável de dois gols, o Santos passou a fazer a marcação em bloco baixo e entregou de vez a bola ao Bahia, esperando chance de matar o jogo no contra-ataque. A equipe de Jorginho, que já demonstrou ter dificuldade em propor o jogo, chegou ao gol de Vanderlei esporadicamente. De acordo com o mapa de calor do footstats, as ações do Bahia na partida se concentraram na intermediária ofensiva.
[caption id="attachment_36303" align="aligncenter" width="730"]
O colombiano Mendoza entrou bem no jogo e construiu a melhor chance do Tricolor.
Fonte: Globo Esporte