No futebol, qualquer erro pode ser fatal. É uma verdade dita repetidas vezes e que continua fazendo vítimas. Na noite do último domingo foi o Bahia, que fazia um jogo equilibrado com o Botafogo – fraco tecnicamente, porém equilibrado –, mas sofreu um gol já no fim do primeiro tempo graças a uma falha de Edson, que recebeu passe no campo de defesa, demorou a se decidir e perdeu a bola para Bruno Silva. Ele mesmo balançou as redes. Discuta-se a precipitação na saída do gol de Jean, mas o fato é que o goleiro reagiu a uma falha que nada tinha a ver com ele.

O Tricolor até começou bem, marcando forte a saída de bola do Botafogo e criando espaços no campo de ataque com o seu quarteto ofensivo. Foi a equipe que resolveu tomar as rédeas da partida e propor o jogo. A saída de Régis por lesão foi um baque duro de absorver, porque, não bastasse ser ele o principal jogador da equipe, não há outro jogador no elenco para desempenhar bem a função de meia central no 4-2-3-1.

Juninho tem qualidade de passe e bom chute, porém encontra dificuldade quando joga mais adiantado. Ele prefere buscar a bola com os zagueiros e iniciar as jogadas. Sem Régis, o time também perdeu em intensidade e desceu as linhas de marcação, iniciando o combate atrás do meio-campo.

O técnico Guto Ferreira só conseguiu reorganizar o time no intervalo, e aí a postura foi outra no segundo tempo, mais agressiva, novamente com linhas de marcação mais altas e sufoco na defesa do Fogão. O empate e uma possível virada só não aconteceram por causa da excelente partida de Gatito Fernandez, que fez algumas intervenções milagrosas, como na sequência abaixo.

Assim como poderia ter feito, o Bahia poderia ter levado o gol em um dos contra-ataques perigosos dos cariocas. Para jogar adiantado e propor o jogo, a equipe deixou espaços bem explorados pelo Botafogo, que pecou nas finalizações. É preciso ajustar a última linha tricolor, que ficou vulnerável em alguns momentos que Eduardo demorou a encostar no trio de defensores que marcavam alguma jogada pelo lado esquerdo, como nesse lance abaixo.

A saída de Régis deixou evidenciada, mais uma vez, a carência do elenco tricolor. Com poucas opções para mudar a cara do jogo, Guto sofre e tenta tirar o máximo do grupo enquanto a diretoria não apresenta reforços.

Fonte: Globo Esporte

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