Com Guto Ferreira suspenso, auxiliar Alexandre Faganello comandou Tricolor na Arena Fonte Nova contra o Ceará, neste sábado, pela 33ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro

O triunfo do Bahia por 3 a 1, sobre o Ceará, teve um comandante diferente. Com Guto Ferreira suspenso, o auxiliar técnico Alexandre Faganello foi o responsável por orientar e tomar as decisões na beira do gramado. E foi com ele que o Tricolor conseguiu, na 33ª rodada da competição, a primeira virada (assista aos gols da partida no vídeo abaixo).

Bastante tranquilo durante a entrevista coletiva após o jogo, Faganello disse que um dos problemas do time em campo foi a ansiedade. De acordo com ele, quando o time soube se acalmar, o triunfo aconteceu com naturalidade.

Nosso time estava um pouco ansioso. No vestiário, a gente conversou, falou. Estávamos bem, melhor que o Ceará. A partida estava desenhada. Já no primeiro tempo, se desenhou um jogo que, se a gente mantivesse um ritmo que a gente terminou, sem a ansiedade, a gente ia virar o jogo. Foi isso que aconteceu. Aqui dentro nosso time é muito forte. A torcida é o 12º jogador. Queria eu ter, em todos os jogos, essa torcida nos empurrando

Depois de ir para o intervalo perdendo por 1 a 0, o Bahia conseguiu mudar o jogo com a entrada de Régis. Foi, então, o auxiliar quem enxergou o que era necessário fazer para a virada acontecer. Segundo ele, alguns pontos já estavam amarrados com Guto Ferreira, mas em outros foi preciso arriscar.

A gente já deixa mais ou menos alinhado, mas tem situações dentro do jogo que eu tenho que tomar a decisão. O André Luiz estava ali comigo. As decisões da troca, nós tomamos a decisão e fizemos as trocas. Quando fizemos o segundo gol, pedi para fazer duas linhas de quatro para não deixar o Ceará jogar. Aí não tem comunicação com Guto, não tem nada. É uma leitura rápida que a gente faz ali dentro. Se der certo, ele vai me aplaudir, mas se der errado, depois vou ter que ver com ele (risos)

Com o triunfo, o Bahia subiu para a quinta colocação com 53 pontos conquistados. O Tricolor tem um ponto a menos que o Náutico, quarto lugar.

Confira abaixo outros temas abordados na coletiva de Alexandre Faganello.

AVALIAÇÃO DA PARTIDA

A gente já tinha, no primeiro tempo, um volume de jogo bem mais alto que o Ceará. Já tínhamos criado duas ou três chances de gols e não conseguimos fazer. Em uma jogada individual deles, eles conseguiram o gol. Jogada muito feliz do Felipe. Nosso time se manteve tranquilo na partida, a torcida empurrando, que foi um fator determinante para a gente, em momento algum vaiou a equipe. No segundo tempo nós voltamos da mesma forma, no mesmo padrão de jogo. Criamos oportunidades. Quando o Cajá cansou, coloquei o Régis. A gente sabe da qualidade do Régis. Hoje não foi diferente. Na minha opinião, um dos melhores jogos que a gente fez aqui. Coloco ele entre os três pelo poder de superação. Conseguimos virar e, por mérito, conseguimos a vitória.

SAÍDA DE WESLEY NATÃ

É um menino. Tinha 30 mil pessoas aí. É complicado. Ele perdeu um gol que, normalmente, ele não perde. Infelicidade. A gente chegou no vestiário, e já senti um pouquinho o nervosismo dele. A gente tem que optar por um jogador que é mais vivido, mais calejado. E o Victor [Rangel] é. Acho que ele não estava tão mal no jogo, de forma alguma. Mas naquele momento eu optei pela experiência do Victor.

Fonte: Globo Esporte