Bahia aposta mais uma vez nos três volantes para vencer Atlético-PR

Kleina vai para o seu terceiro jogo à frente do time e, até o momento, optou somente por jogar com três volantes

Desde que voltou à Série A, em 2011, o Bahia se acostumou a atuar no esquema de três volantes. A torcida tricolor conviveu com nomes como Fabinho, Diones e Hélder, passando também por Marcone, Boquita, Camacho e até Fabrício Lusa. Os anos passam e a história se repete. Para a partida de hoje, às 18h30, diante do Atlético-PR, na Arena da Baixada, o Esquadrão aposta mais uma vez nessa filosofia de jogo para buscar os três pontos.

Agora, os homens de confiança do recém-chegado Gilson Kleina são Rafael Miranda, Léo Gago e Fahel. Esse último, por sinal, é remanescente e vai para a quarta temporada como titular da equipe. No atual time, jogar ou não com três volantes parece não fazer tanta diferença assim. Ao menos é o que indicam os números.

Neste Brasileiro, com três homens da marcação no meio de campo, o Bahia não costuma se dar bem. Em 10 confrontos, são seis empates, três derrotas e apenas uma vitória, o que dá um aproveitamento de 30%. Com dois volantes, por sua vez, a situação melhora, apesar do aproveitamento tampouco ser tão significativo. Com dois triunfos e quatro derrotas, o aproveitamento de pontos fica em 33%.

Kleina vai para o seu terceiro jogo à frente do time e, até o momento, optou somente por jogar com três volantes. Contra Corinthians e Criciúma, empates em 1x1 e 0x0, respectivamente. Segundo o treinador, a manutenção do esquema deve-se ao fato de, no grupo atual, não existirem muitos meias ofensivos para atuarem no 4-2-3-1, por exemplo.

Devido a isso, o comandante projeta o time com uma mudança de postura em campo, apesar da continuidade de Rafael Miranda, Fahel e Léo Gago. “Temos que arriscar mais, ter um pouquinho mais de coragem para fazer as jogadas. Uma coisa que eu falei com eles é que precisamos jogar um pouco. Na Série A, a gente tem que ter a posse da bola, verticalizar mais, ter ocupação no campo do adversário. Às vezes, ficamos muito no bate e volta. O Bahia tem condições de colocar a bola no chão”, diz Gilson Kleina, confiante.

Competitividade

Por causa de briga de torcedores na última rodada do ano passado, contra o Vasco, o Atlético-PR ainda joga hoje de portões fechados. Mesmo sem encarar a torcida rival, Kleina alerta para um fator importante. “Já joguei com o estádio assim e perde totalmente o clima. Tem até que falar no vestiário pra que isso não passe um clima de marasmo. Pela situação que a gente tá, é aumentar o nosso nível de competitividade. O Atlético, por mais que esteja com portões fechados, tem feito o dever de casa”, avisa.

Uma vitória longe de Salvador pode significar muito para o Bahia, afinal, o time pode sair da zona de rebaixamento após cinco rodadas. Em caso de resultado negativo, contudo, o tricolor corre risco de descer ainda mais.

“Por incrível que pareça, estamos a um ponto para sair da zona. Vamos trabalhar pra isso”, comenta Kleina, que não poderá contar com o meia Marcos Aurélio, com uma lesão no joelho, e o atacante Rhayner, vetado por causa de dores musculares. O meia Lincoln, ainda em recuperação de uma lesão no joelho, continua de fora. Pará, de volta da Seleção Sub-20, fica no banco.