Nesta sexta-feira (9), o Bahia anunciou a renovação por dois anos do acordão com a Justiça Trabalhista para evitar penhoras e sequestro de verbas do clube. Segundo o acerto, o clube irá efetuar mensalmente depósitos de R$ 600 mil, além de um pagamento extra de R$ 1 milhão por ano, para quitação de antigas dívidas trabalhistas.
Apesar do acordão ter sido iniciado em 2011, o clube só o respeitou integralmente a partir de 2013. Deste então, segundo o Bahia, foram encerrados 167 processos, que custaram R$ 26.996.929,41. Guilherme Bellintani, presidente do Tricolor, em declaração ao site oficial, estima que, caso o clube mantenha este ritmo de pagamento, a dívida com a Justiça do Trabalho será extinta em sete anos:
Com essa renovação, além de tudo, saberemos exatamente o que vamos gastar pelos próximos dois anos. Se mantivermos o ritmo que vem sendo, com o pagamento de aproximadamente R$ 8,2 milhões por ano, devemos quitar toda dívida trabalhista em sete anos.
O presidente tricolor lamenta o tamanho da grande dívida do clube, que foi feita nas gestões anteriores e explica o custo disso para o Bahia. Segundo ele, a meta é não criar novos débitos:
A cada R$ 4 que gastamos, R$ 1 é para pagamentos de dívidas antigas, contando aí não apenas as trabalhistas. É uma realidade desconfortável, por conta da irresponsabilidade de gestões antigas do clube, pré-2013. Se não tivéssemos essas dívidas anteriores, o nosso departamento de futebol teria um acréscimo de investimento de cerca de R$ 2,5 milhões mensais. Ao menos, não contraindo novas dívidas e conseguindo pagar as antigas, o Bahia se coloca em uma posição diferenciada no mercado dos principais clubes do futebol brasileiro.