MGF procura colunista e diz estar "chocado" com nota sobre transação bancária

MGF: transação foi de R$ 650 mil para pagar empréstimo

Na quinta, jornalista disse que mais de R$ 2 milhões foram tirados das contas do Bahia no dia da intervenção. MGF e ex-dirigentes negam


Destituído do cargo de presidente do Bahia, Marcelo Guimarães Filho procurou o jornalista Jairo Costa Júnior, colunista do Correio*, após a publicação, na edição de quinta-feira (25) do jornal, da informação de que mais de R$ 2 milhões foram tirados de uma das contas do Bahia no dia 9 de julho, quando aconteceu a intervenção no Bahia.

O destino do dinheiro, segundo a coluna Satélite assinada pelo jornalista, foi a conta de um procurador de jogadores que tem relações próximas com Marcelo Guimarães Filho. "Chocado e extremamente estarrecido" com o teor da notícia, segundo o próprio ex-presidente, Marcelo deu sua versão sobre a movimentação bancária.

Ele reconheceu apenas a existência de uma transação financeira no valor de R$ 650 mil com o empresário Carlos Leite - procurador de Titi, Lomba e Omar. Esse dinheiro seria referente a um empréstimo feito por Leite ao Bahia, "de forma absolutamente legal". Marcelo disse também que foram feitos pequenos saques para fazer pagamento corriqueiros.

Ainda na quinta, em nota enviada à imprensa, o ex-vice Presidente Financeiro Mauricio Carvalho e o ex-diretor Financeiro Jorge Copello negam a saída de R$ 2 milhões das contas do Bahia e deram a mesma versão do ex-presidente. Na nota, os ex-dirigentes também prometem acionar judicialmente e/ou extrajudicialmente os responsáveis pela publicação para que esclareçam a origem da referida informação, "para fins de eventual responsabilização cível e criminal".

"Situação "delicada"- Na edição do jornal desta sexta, o colunista Jairo Júnior também diz que o interventor Carlos Rátis foi procurado para comentar o assunto. O advogado, no entanto, afirmou que não fala sobre valores por questões de ética processual e que quaisquer problemas identificados durante a auditoria no clube serão encaminhados às instâncias cabíveis.

Segundo a coluna, Rátis avaliou a situação financeira do Bahia como "muito delicada". O interventor afirmou também que os recursos depositados nos caixas do Bahia, provenientes de contratos comerciais, estão sendo usados para pagar despesas emergenciais.

Foto: Arquivo Correio