Com representantes das Séries A e B, clubes discutem no Rio criação de liga independente
Insatisfeitos com a CBF, clubes querem criar liga independente - EFE/Antonio Lacerda
Com mais de 10 representantes das Séries A e B, diversos clubes se reúnem no fim da tarde desta segunda-feira, no Rio de Janeiro, para discutir a estratégia de ataque à CBF para a criação de uma liga independente.
Antes disso, a maioria deles se sentará com o presidente da entidade, Marco Polo Del Nero, em encontro convocado na semana passada. A pauta não foi comunicada pela confederação.
Nos últimos dias, os cartolas trabalharam no fortalecimento do bloco favorável à formação da liga. Entre os convidados para conversar a respeito nesta segunda-feira, estão os seguintes times: Atlético-PR, Coritiba, Paraná, Grêmio, Inter, Flamengo, Fluminense, Cruzeiro, Atlético-MG, Santos, Bahia, Sport e Ceará.
Nesse primeiro momento, o critério escolhido para definir os convidados para a discussão foi a "semelhança entre as linhas de pensamento".
A princípio, a reunião aconteceria em São Paulo, mas foi transferida para o Rio de Janeiro após a convocação da CBF, que foi revelada pelo ESPN.com.br ainda na semana passada.
O presidente do Atlético-PR, Mario Celso Petraglia, é um dos articuladores nos bastidores. Procurado pela reportagem, ele disse que "não está sabendo de nada".
Ele defendeu anteriormente que é preciso dar um basta na "desmoralização do sistema" após os escândalos da Fifa que acarretaram na prisão de José Maria Marin e em investigações sobre o mandatário da CBF, Marco Polo Del Nero.
Del Nero recebeu dirigentes e conversou sobre o assunto recentemente
"Estive com Marco Polo na ultima terça-feira e, sinceramente, não fiquei com a impressão de que ele apoiaria a criação de uma liga", afirmou Modesto Roma, do Santos, ao ESPN.com.br.
O secretário-geral da CBF, Walter Feldman, afirmou que esse é um movimento que "vem de fora do futebol" e que não chega até a entidade.
Nota Luis Peres @BahiaClub: Os clubes tiveram dezenas de oportunidades para criar a Liga Brasileira de Clubes.
Até fizeram isso quando da criação da Copa União.
Agora, valendo-se da fragilidade moral da CBF exposta ao mundo, voltam com este tema.
O que parece, pelo menos parece, é que na verdade é uma tentativa de fugir de possíveis investigações que inevitávelmente reacairão sobre a entidade ‘máxima’ do futebol Brasileiro e suas ligações com a Copa, com os clubes e os contratos de patrocínio; Não podendo de forma alguma esquecer os contratos com a TV, um dos principais motivos da queda dos ‘poderosos chefões’ da FIFA.
Aqui no Brasil, alguns dirigentes precisam explicar como aceitam receber cotas que mais parecem esmolas, ainda tendo que jogar em horários alternativos para agradar á TV, tirando público dos estádios. É uma conta que não fecha.
É preciso ver se tem alguém LEVANDO POR FORA para aceitar tal absurdo.