Meia acredita que problema de pontaria do Bahia tem origem na ansiedade da equipe. Contra o Náutico, na última rodada, Juninho carimbou mais uma vez a trave

Falta para o Bahia. Frontal à meta, leva perigo para o goleiro adversário. Juninho ajeita a bola com carinho, posiciona-se e bate com capricho, mas ela explode no travessão. O lance descrito aconteceu no empate em 0 a 0 diante do Náutico, na última terça-feira. Mas não só. O jogador também carimbou a trave em cobrança de falta contra Paraná, pela Série B, e América-MG, na Copa do Brasil.

Some-se a essas três chances outras cinco bolas na trave e pronto: em 2016, Juninho já acertou o poste dos goleiros adversários em oito oportunidades. Um número que incomoda o volante, que tem no chute de média e longa distância uma de suas principais características.

Juninho garante, no entanto, que não vai desistir de tentar balançar as redes, por isso vai continuar arriscando seus chutes de fora da área.

Eu finalizo bastante até pela minha posição de origem, que é segundo volante, que está chegando sempre de surpresa, e acabo chegando sem uma marcação muito firme. É uma facilidade que eu tenho, sempre venho finalizando, e a bola teimando em bater na trave. Mas acredito que a bola vai passar a entrar. Só faz gol quem chuta, e eu vou continuar chutando – afirmou o volante tricolor, em entrevista coletiva concedida nesta quarta, antes do treino.

[caption id="" align="aligncenter" width="690"] Juninho acertou a trave pela oitava vez no ano (Foto: Felipe Oliveira / Divulgação / E.C Bahia)[/caption]

As bolas na trave de Juninho poderiam até ter um peso menor se a equipe tricolor não estivesse com tantas dificuldades para chegar ao gol adversário. Num roteiro que tem se repetido com frequência nos últimos jogos, o Bahia cria, cria, mas não consegue marcar.

E qual seria a explicação para a falta de pontaria do time? Para Juninho, a ansiedade.

A gente fica irritado porque vem fazendo tudo certo, vem trabalhando bastante, nos treinos as bolas estão entrando, nossos atacantes têm qualidade para fazer os gols, mas infelizmente a bola não está entrando. Tem que manter a concentração, continuar trabalhando com seriedade. O que está mais prejudicando é a ansiedade de fazer os gols – garante Juninho.

O jogador fala um pouco mais sobre o assunto.

Pela quantidade de chances que vem criando, que são muitas, claras, e infelizmente a bola teima em não entrar.... Às vezes a gente fica sem palavras, porque eu acho que a gente vem fazendo as coisas da maneira certa, e a bola não quer entrar. Tem que ter tranquilidade, trabalhar com seriedade, porque só através do trabalho a gente vai voltar a fazer os gols – avalia.

Em entrevista após o jogo, Juninho, ainda no calor do momento, reclamou que era preciso “fazer a porcaria do gol”. Na entrevista desta quarta, discordou do companheiro Hernane, que criticou o “individualismo” da equipe.

É a ansiedade, acaba tomando a escolha errada, e não a individualidade. Todos estão com o mesmo pensamento, de vencer os jogos, e a ansiedade faz com que você tome a decisão errada na hora de fazer o gol – garante Juninho.

O Bahia volta a campo nesta sexta-feira, quando recebe o Paysandu, às 19h15 (horário de Brasília), novamente na Arena Fonte Nova.

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Fonte: Ge.com

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