Sob os cuidados de Preto, Juninho vem ganhando destaque no Bahia

Hoje na função de auxiliar técnico, Preto é só elogios ao autor dos dois gols do time no triunfo sobre o Fortaleza

Juninho é peça-chave no esquema tático de Doriva (Foto: Felipe Oliveira/ECBahia/Divulgação)

Volante de origem, especialista em bolas paradas, boa qualidade no passe, bom chute de média distância e com a capacidade para atuar também como meia. Juninho reúne todas essas características, assim como um certo ídolo tricolor que iniciou sua trajetória  no clube há exatos 15 anos.

Preto Casagrande chegou ao Bahia sob a desconfiança de ter atuado no maior rival. No entanto, rapidamente caiu nas graças da torcida após vencer um Campeonato Baiano e ser bicampeão da Copa do Nordeste em 2001 e 2002. Apesar de terem jogado em épocas diferentes, o Bahia foi o ponto de encontro para os dois.

Hoje na função de auxiliar técnico, Preto é só elogios ao autor dos dois gols do time no triunfo sobre o Fortaleza. “Juninho foi uma surpresa grata. Já conhecia ele do Macaé, mas trabalhar no dia a dia, me deixou muito satisfeito. Profissionalismo enorme, é o primeiro a chegar, último a sair, é muito confiante. Com relação às características, trata-se de um  jogador moderno, com uma dinâmica muito grande, bom preparo físico e bola parada muito boa. O cara que mais me surpreendeu com relação à qualidade”, disse.

As semelhanças não param por aí. Apesar de paranaense, de Cascavel, Preto iniciou a carreira nas divisões de base do Vasco. Os amigos já o haviam alertado sobre o camisa 10 tricolor pelo WhatsApp. 

“Tenho amigos meus que jogaram comigo na época do Vasco. São do mesmo bairro do Juninho: Campo Grande. A primeira coisa que falaram foi pra dar uma força a ele. Até por isso, ele foi um dos primeiros que me aproximei, já tivemos vários papos. Falei pra ele: você tem uma batida na bola muito boa. Quando os jogadores entenderem a velocidade da sua bola parada, vão fazer muitos gols”, contou. 

Volante ou meia? 

Os números de Juninho pelo Bahia são bons. Em 13 jogos, ele já deu três assistências e marcou quatro gols, todos em chutes de fora da área. A boa qualidade técnica tem feito Doriva escalá-lo como meia, principalmente enquanto a diretoria do clube não anuncia a contratação de um especialista para a posição. 

“Com certeza, ele pode fazer essa função. Consegue chegar na frente e colocar o companheiro em boas condições. Não vejo problema dele ser esse meia”, atestou Preto, que também atuou assim quando foi comandado por Evaristo de Macedo e Bobô no Bahia. Em 2016, Juninho pode repetir o feito do agora auxiliar, que foi decisivo na final da Copa do Nordeste de 2001.

“Vi pouco do Preto jogando, mas lembro que era um volante de muita qualidade, fazia alguns gols, entre eles um na final da Copa do Nordeste”, comentou o camisa 10, lembrando do gol marcado pelo volante na vitória em cima do Sport por 3x1. A final, inclusive, pode se repetir este ano, já que  Bahia e Sport estão em chaves opostas na competição.

Para Preto, Juninho está no caminho certo. “Só fica na história quem ganha título. Tenho que passar isso pra eles  todos”, deu o recado.