Operação policial é realizada na manhã desta quinta-feira, em Salvador, com sete mandados de prisão. Acusados são integrantes de torcida organizada do clube
Cinco suspeitos de participar de fraudes no plano de sócios do Bahia foram presos na manhã desta quinta-feira pela Polícia Civil. O clube havia feito a denúncia sobre o esquema em julho do ano passado, quando foram bloqueados os cadastros de alguns sócios que tiveram operações financeiras contestadas junto às empresas de cartão de crédito. A operação foi realizada pelo Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco).
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Foram expedidos sete mandados de prisão temporária para os envolvidos no caso. Dois acusados, portanto, não foram detidos. Um deles mora na Paraíba, enquanto o outro ainda não foi encontrado pelos agentes da polícia. Todos os detidos, segundo a polícia, são membros da principal torcida organizada do clube e têm passagem por brigas em estádio.
Foram presos Gabriel Pereira Silva, de 21 anos, Ricardo Henrique Almeida da Silva, 25, Pablo Rodrigo Barral dos Santos, 22, Gilson Silva de Almeida Junior, 22, e Jailson Conceição dos Santos Junior, 22. A investigação, que durou cerca de seis meses, identificou também a participação de mais duas pessoas Rodrigo Carvalho Teixeira, 25, e de Geovane Lima Silva, 23, este último integrante da torcida organizada Jovem do Galo, do Esporte Clube Treze, da Paraíba.
- Eles ofereciam uma espécie de promoção para integrar o Esquadrão Torcedor, que é o clube de sócios do Bahia, e, com isso, possuir as vantagens de ser associado por um valor muito abaixo do real - explicou o delegado que acompanhou o caso, Alexandre Draco.
Para realizar o esquema, os acusados abordavam os torcedores do Bahia e ofereciam a associação por um valor mais baixo em relação ao cobrado pelo clube. Quando conseguiam uma vítima, recebiam o valor pedido em dinheiro e usavam dados do cartão de crédito terceiros para fazer a associação verdadeira no site do programa. Assim, o torcedor se tornava sócio pagando menos, mas a cobrança era feita a uma outra pessoa. A polícia não informou como os dados financeiros eram conseguidos. A estimativa é de que 400 pessoas tenham sido vítimas do esquema.
A fraude começou a ser descoberta quando os donos dos cartões de crédito passaram a cancelar a cobrança, já que não haviam se associado, de fato, ao clube. No entanto, o novo associado permanecia no programa ainda por um bom tempo, apesar de o Bahia não receber o valor pelo plano de sócio.
Fonte: Ge.com