Neste domingo (25), o Bahia perdeu por 1 a 0 para o América-MG, no estádio Independência, pelo Campeonato Brasileiro. O técnico Enderson Moreira concedeu entrevista coletiva após o revés e admitiu que faltou criatividade ao Tricolor para conseguir romper a defesa da equipe mineira. O Bahia sofreu o gol no início da segunda etapa e em uma atuação apática, não conseguiu o empate:

A gente estava tendo um jogo com certo controle, podia ter saído na frente, tivemos duas chances claras. América-MG não conseguiu chegar muito. Eu até falei no intervalo que a equipe que conseguisse o gol ficaria mais próxima da vitória. A gente não teve muita criatividade para superar o sistema defensivo. A gente amarga uma derrota. A gente gostaria muito de conquistar um triunfo para oferecer a nosso torcedor, que esteve do nosso lado. A sensação é de que poderíamos estar numa posição diferente, brigando por outras coisas, mas a gente sabe também que poderia estar lá embaixo.

Apesar da derrota, o Bahia conquistou a vaga na próxima Copa Sul-Americana, por conta do empate do Ceará e da derrota do Vasco. Faltando apenas uma partida para o término da temporada, Enderson Moreira realizou um balanço do Tricolor no Campeonato Brasileiro. Para ele, a equipe precisou ter transformado algumas boas atuações em pontos:

Da minha parte, os jogos que peguei, acho que o Bahia estava em 17º, eu acho que o que faltou, a partir desse momento, a gente teve uma evolução em termos de jogo. A gente tem uma equipe com capacidade de controle de jogo, joga fora de casa com personalidade. Faltou transformar boas atuações em pontos. Tivemos alguns jogos ruins, mas foram pouco.

O Bahia encerra a sua participação no Campeonato Brasileiro de 2018 no próximo domingo (2), às 16h (horário de Salvador), quando enfrenta o Cruzeiro, em Pituaçu.

Confira o que Enderson Moreira declarou em entrevista coletiva

Equipe competitiva
- É um desempenho, para uma equipe que quer almejar coisas grandes, que precisa ser melhorado. Quando cheguei, não tinha feito um gol fora de casa. Conseguimos ter uma equipe competitiva. A gente perde jogos, mas perde de uma maneira diferente, é uma equipe que briga até o fim. Não fomos engolidos por nenhum adversário, exceção ao Atlético-PR, que foi bem superior a gente.

Prejudicado pelo "alívio"
- Claro que quem está com a corda no pescoço, a mobilização é diferente. Eles precisavam muito. A gente também, mas eles estão lutando contra o rebaixamento. Era um jogo de vida ou morte para eles. Eles precisavam do resultado. A gente passou por tanta dificuldade que chega num ponto, quando você conquistou o objetivo, você dá uma respirada, você tem um alívio. Esse alívio talvez nos tire um nível altíssimo de competitividade que a gente teve o ano todo. Passa um pouquinho por isso.

Projeção para 2019
- A gente precisa decidir algumas coisas. O início do ano, precisa ter muita Inteligência para fazer o que deve ser feito. O Bahia não pode iniciar o Brasileiro com tantos jogos. Quando falo tantos jogos, é um atleta ter feito quase 30 jogos. O Brasileiro não permite muito erro. Se você tem um período ruim, você tem enorme dificuldade. Caem 20% dos clubes na Série A. Tem que ter muita atenção. É muito próximo uma classificação na Sul-Americana e brigar por rebaixamento. A gente precisa se manter firme e fazer essas escolhas com tranquilidade.

Ainda sobre 2019
- A gente não conversou sobre isso. Temos que pensar em alternativas. A instituição está acima de qualquer propósito. Temos que criar algum mecanismo de fazer com que os atletas entrem no Brasileiro não tão desgastados.

Duelo contra o Cruzeiro
- Acima de tudo, buscar o resultado, o que de melhor pode fazer. Eu não abro mão disso. Espero que a gente possa oferecer para o torcedor um jogo qualificado, uma partida boa, e acima de tudo com um triunfo.