Nesta quarta-feira (25), o Bahia venceu por 2 a 0 o Cerro, do Uruguai, no estádio de Pituaçu, pela Copa Sul-Americana. O técnico Enderson Moreira, porém, precisou falar sobre a indecisão que o Tricolor vive toda vez que tem um pênalti a favor. Na partida desta quarta, o Bahia teve dois pênaltis a favor. No primeiro, Régis cobrou bem e fez o gol. No segundo, Zé Rafael pediu pra bater, mas acabou isolando, chutando por cima do gol uruguaio.
Antes de converter a sua cobrança, Régis precisou convencer Gilberto a não cobrar. No Ba-Vi do último domingo (22), Vinícius precisou conversar com o atacante antes de cobrar o pênalti que resultou no segundo gol do Bahia no clássico.
Por conta dessa indefinição sobre o cobrador de pênaltis, Enderson Moreira precisou explicar que tem uma lista de batedores e deixa os jogadores definirem em campo quem está mais preparado para cobrar a penalidade:
Se o Régis perde, iam perguntar por que não trocou [o batedor]. Temos três ou quatro jogadores que são colocados na preleção como cobradores. Isso é deles [atletas]. Não gosto de interferir. O Zé é um dos cobradores, e ele estava confiante, mas infelizmente errou. Acontece com todo mundo. No Ba-Vi, o Vinícius, na cobrança, acabou errando na primeira batida e no rebote fez. O pênalti é muito difícil. Eu só não quero briga. Sempre falo para eles ali no campo: “Gente, não briguem aí, não” [risos]. A gente tem cinco cobradores: Zé Rafael, Gilberto, Vinícius, Edigar Junio e Régis. Eles têm a liberdade para, na partida, bater o pênalti. Eles definiram que seria o Zé e, infelizmente, ele pegou embaixo da bola. Isso acontece no futebol.
Com o pênalti desperdiçado, Zé Rafael perdeu a chance de se tornar o artilheiro isolado do Bahia em 2018. O meia divide a artilharia da equipe com Vinícius, cada um com dez gols marcados.