Nesta terça-feira (4), o presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, concedeu entrevista ao programa de rádio oficial do clube e falou sobre a saída de Régis, que foi emprestado para o Al-Wehda, da Arábia Saudita. O presidente declarou que trabalhou para convencer o jogador a permanecer no Tricolor, teve êxito no início, mas depois da segunda proposta, não conseguiu manter o meia.
Guilherme Bellintani declarou que preferiu, então, manter a unidade da equipe, já que um jogador insatisfeito poderia atrapalhar o clima do Bahia:
A gente não tem nunca apenas boas notícias. A notícia triste, a gente confirmou a saída do Régis, um jogador que a gente fez um grande esforço para trazer, adquirindo os direitos em definitivo. Fizemos um planejamento longo para a carreira dele no Bahia. Há cerca de 15 dias, teve uma abordagem dele e do clube árabe, nós conversamos muito, pedimos que ele entendesse que era importante continuar, e ele entendeu. A gente está buscando manter o elenco fortalecido. Ele se convenceu disso. Há cerca de três, quatro dias, houve uma nova investida, ele novamente insistiu, dizendo que estava decidido a não jogar mais pelo Bahia. Tem uma hora que a gente vê que a insistência não faz sentido. Tivemos a difícil decisão de viabilizar a saída por empréstimo. Não era nosso desejo, não fazia parte de um elemento financeiro. Pelo valor, claro que protege o patrimônio de clube, mas não é determinante para a vida do clube. A gente tentou de toda forma, mas diante da insistência, o desejo dele de não jogar mais, a gente entendeu que precisava ceder em nome da unidade do grupo. Que fique no Bahia aquele jogador que quer ficar no Bahia. Tem uma hora que o clube fala mais forte, fala mais alto. O que a gente tem que ter no grupo, são jogadores que queiram vestir a camisa do clube. Conversamos com Régis de maneira muito equilibrada. Conseguimos um negócio razoável para o clube. Dizer que a gente lutou, a gente se sentiu vencido nessa reta final. Pela minha sensibilidade, pela experiência nas relações humanas, tem momento que a gente precisa se dar por vencido, pensando na unidade, pensando no clube
A janela para contratações no Campeonato Brasileiro se fechou nesta terça-feira. Por conta disso, o Bahia precisará repor a saída do jogador com peças do próprio elenco. Guilherme Bellintani, em tom preocupado, falou sobre o assunto:
Não quero fomentar nenhum tipo de briga. A conversa foi super elegante. Lamento apenas pelo tempo, a gente não pôde conseguir uma reposição a altura. As inscrições para o Campeonato Brasileiro hoje terminaram hoje. Se acontecesse no mês passado, a gente poderia buscar uma reposição. A gente perde um jogador como Régis no momento em que não há tempo hábil para fazer uma reposição à altura. Foi o que eu mais senti, mas pelo momento da transação. Paciência, vamos buscar essa força para repor dentro do próprio grupo.
O presidente também falou sobre a nova contratação do Bahia, o volante Luiz Henrique. O jovem jogador de 21 anos pertence ao Náutico e veio emprestado até o fim da temporada:
Luiz Henrique é um jogador que viemos observado desde o início do ano. Uma promessa, tem um potencial muito grande, jogou a Série C pelo Náutico. Vem dentro do perfil de vários outros jogadores, a exemplo de Gregore, do próprio Zé Rafael, que chegou desconhecido. Perfil bem estudado pelo DADE, pela nossa comissão. Vai ter que lutar pelo seu espaço, por um lugar que possa merecer. A negociação foi muito boa. Náutico não tem mais calendário, então isso facilitou. Ele vem por empréstimo, e a depender do espaço que conquiste, a gente tem a opção de adquirir ele em definitivo