Neste domingo (25), o Bahia venceu o Juazeirense por 3 a 0, na Arena Fonte Nova, e se garantiu na final do Campeonato Baiano. O técnico Guto Ferreira concedeu entrevista coletiva após a partida e elogiou bastante a atuação da equipe, em especial, a de dois jovens criados na base do clube: Marco Antônio, de 20 anos, e Júnior Brumado, de 18 anos, autor de um golaço na partida:

O Bahia fez um jogo indiscutível hoje. O placar poderia ser mais elástico, o desempenho se manteve no segundo tempo, conseguimos envolver mesmo com um jogador a menos. Saímos com um triunfo sólido, consistente. O Marco [Antônio] trabalhou muito bem. Das três partidas que oportunizamos ele, foi a melhor, está crescendo, ganhando confiança. É muito importante. É um processo de oportunizar, dar resposta, assim vai controlando até chegar em nível de maturidade para assumir [a titularidade] de vez. A parada fez Brumado voltar mais maduro. O momento do jogo também facilitou o trabalho dele. O Juazeirense tinha que sair. Ele fez um gol fantástico. Da mesma maneira que temos que elogiar e oportunizar, e eles tem respondido de maneira efetiva, temos que controlar fora de campo. Para seguir firme na caminhada, temos que dosar mentalmente esses elogios, saber até onde podem ser absorvidos. Saber o caminho que trazem eles até esse desempenho. Eles vão responder forte. E a partir do momento que acha o caminho, basta seguir

Guto Ferreira falou mais sobre os cuidados necessários para se aproveitar os jovens da divisão de base do clube. De acordo com o treinador, é preciso ter cuidado com os atletas para que eles consigam render bem na equipe profissional:

Existe todo um carinho, uma atenção de poder colocar no momento certo e ficar controlando. A semana mostrou que estava certo. Ele não estourou no jogo do Náutico, mas na semana sentiu. A convocação para a Seleção [Sub-20] trouxe um nível de confiança. Marco Antônio vem no processo, mostrando coisas importantes. Ninguém é perfeito, eu erro, você erra, ele erra também. Tem que elogiar, dar moral e seguir oportunizando. O espaço dele sempre vai existir. A gente torce para que ele possa nos ajudar, como nos ajudou hoje.

Na entrevista, Guto Ferreira reclamou da expulsão do lateral Nino Paraíba, que recebeu o segundo amarelo após supostamente ter simulado um pênalti no segundo tempo da partida:

Em relação ao Nino, não fiz um elogio publicamente, hoje faço a arbitragem do jogo lá em Juazeiro. Quando acabou, falei para o Emerson que ele tinha feito a melhor arbitragem do Campeonato Baiano de 2018. Não ganhamos, mas a arbitragem foi boa. Hoje, não quero tecer crítica. Só sei o seguinte: o bandeira dá o pênalti. Ele fica constrangido, por isso não corre para o fundo. Vocês que tem imagem pode avaliar. Não vou entrar nessa rota de colisão.

Confira o que Guto Ferreira falou em entrevista coletiva

Evolução após partida contra o Altos-PI
- O jogo de terça, no segundo tempo, já teve nuances positivas. A gente viu os vídeos, debatemos, mostramos e fizemos simulações no treino. Não foi exercício efetivo. Você faz simulações de situações que foram utilizadas aqui. Mostramos muitos detalhes de fotos e vídeos valorizando o que eles fizeram e que encaixava no adversário. A gente trabalhando em cima disso, conseguiu foco lá em cima. Vai chegando no funil. O nível de concentração sobe, junto com o nível de confiança, e acontece o que aconteceu hoje. Temos uma parada dura na Paraíba, onde dependemos das nossas forças para não precisar de ninguém. Nosso trabalho é para fazer os 90 minutos dentro dessa situação, dessa qualidade de jogo. Hoje, a gente chegou bem perto disso.

Elenco
Está chegando. Agora, temos um calendário muito difícil. E temos que controlar essas situações. Para isso, temos que ter mais de 11 jogadores, 22 de preferência, que possam manter a competitividade da equipe. Temos que ter todo mundo bem de cabeça e treinado. A gente tem oscilado no nível de concentração, mas hoje esteve alto. Conseguindo manter isso, tenho certeza de que vamos fazer bons jogos.

Pausa nas vaias
- Só tenho que agradecer ao torcedor, não tenho que criticar. Torcedor toma uma atitude em cima de uma resposta que ele vê. Se ele está certo, se sou eu o culpado, eu sou o cabeça, alguém tem que levar a culpa. Tem que ter a casca, aceitar as críticas que são pertinentes – para aquele jogo – e buscar fazer o que os jogadores estão fazendo, reverter uma situação. Torcedor vai percebendo que, se ele bater, queira ou não queria, respinga. Hoje veio todo mundo junto e foi um baita de um jogo. É o momento do apoio. A gente sempre trabalha para esse momento.