Guto Ferreira não confirma time, mas sugere que atacante contestado pela torcida do Bahia será titular nesta sexta-feira, na partida contra o Criciúma, na Arena Fonte Nova
O técnico Guto Ferreira é chegado a uma analogia. Já foram incontáveis desde que chegou ao Bahia, quase sempre mais de uma por entrevista coletiva. Na tarde da última quinta-feira, ele usou mais uma, dessa vez para defender o atacante Allano, jogador bastante contestado pela torcida e que será titular no duelo contra o Criciúma, marcado para esta sexta-feira, na Arena Fonte Nova.
Perguntado sobre um possível receio de que as manifestações dos torcedores influenciem o rendimento do atacante em campo, Guto usou uma situação hipotética com um repórter para demonstrar apoio a Allano.
Você tem que fazer um jogo. Ou acredito nos meus guerreiros e vou com ele até o fim, indiferente do que a torcida faz, porque quando eu tirar um jogador por medo do que vier da arquibancada, é um a menos que vou ter para jogar dentro de casa. Aí pergunto a você, enquanto repórter, você comete um erro grave ou não tem desempenho adequado dentro da tua entrevista, aí existe um número limitado de repórteres a fazer determinadas entrevistas, e você faz parte, e a tua chefia recebe uma pressão externa para não te escalar, só que, se ela não te escalar, amanhã ou depois ela vai precisar de você, mas não vai ter você competente o suficiente ou com moral suficiente. Pode faltar até um membro para fazer as reportagens. Qual seria a atitude da sua chefia: apoiar mais um pouco você, ir até onde você consegue ir, ou tentar fazer com que essa situação se reverta e fazer com que a torcida acredite que você pode reverter, ou simplesmente fritar o jogador e deixar ele de lado? Essa é a pergunta que eu faço, porque, contra o CRB, ele já começou a dar respostas importantes, fez o gol, fez um primeiro tempo importante, e depois, por questões que aconteceram ali, a gente achou devido a saída. Tem que administrar, acreditar, porque, se a cada vaia que vier da arquibancada, a gente tirar o jogador vaiado, no momento de dificuldade, das duas uma: ou a torcida do Bahia percebe que a vaia não vai ajudar, e quando você vaia, você está jogando para o adversário, ou não vai ter equipe para entrar em campo. Temos que fazer esse paralelo de modo que cada um faça sua parte e que a gente consiga retomar essa parceria bonita que vem acontecendo na Fonte Nova
Analogias à parte, Guto Ferreira falou a respeito das expectativas sobro Criciúma, adversário direto na luta para entrar no G-4. O treinador revelou que não espera uma equipe retrancada, mas deixou clara a necessidade de estar preparado para qualquer situação.
Pode ser que venha fechado, mas não é a característica do Criciúma, que a gente jogou uma competição junto, eu pela Chapecoense. Daquele grupo, está o goleiro, a dupla de zaga, dois dos três volantes, o lateral-esquerdo e um centroavante. Seis ou sete jogadores oriundos do estadual. Está mais rodado em relação a grupo, mas uma equipe que joga com intensidade, gosta de jogar o jogo, tem jogadores interessantes. Independente de como eles venham, o que eu tenho que fazer é prever. Se eles vierem na situação A, tenho que ter a B; se vierem na C, tenho que ter a reposta D. Para que a gente consiga, no final, buscar os três pontos. O que eles querem, nós queremos. Dividir eu não quero. Eu quero os três pontos. Vamos trabalhar para isso
Bahia e Criciúma se enfrentam às 19h15 (horário de Brasília). O tricolor deve entrar em campo com Muriel; Eduardo, Tiago, Jackson e Moisés; Luiz Antônio, Juninho e Renato Cajá; Edigar Junio, Allano e Hernane.
Fonte: Globo Esporte