O anúncio da demissão do diretor de futebol Nei Pandolfo pelo Bahia surpreendeu na última segunda-feira
Mas, no entanto, isso não foi surpresa no Fazendão. Entre os fatores que pesaram para a sua saída, estão o alto investimento realizado no elenco que, segundo a cúpula tricolor, deveria assegurar o acesso com tranquilidade e não com a dose de drama que se viu, a suposta omissão no vestiário e, especialmente, a demora para fechar reforços no mercado.
Até aqui, o time tricolor confirmou oficialmente apenas o colombiano Pablo Armero.
Conforme apurado pelo ESPN.com.br, o nome do lateral esquerdo foi oferecido por um intermediário direto ao vice-presidente Pedro Henriques.
O Bahia ainda acertou a compra do atacante Edigar Junio e renovou o empréstimo do lateral direito Eduardo com o Atlético-PR. O presidente Marcelo Sant'Ana teve de entrar na conversa e interceder com Mario Celso Petraglia, do Conselho Deliberativo do rubro-negro paranaense, para que o martelo fosse batido.
Ele também esteve à frente na renovação do volante Juninho, que se arrastou mais do que o previsto.
Pandolfo, por sua vez, conduziu o acordo para a permanência do volante Renê Júnior, emprestado por mais um ano pela Ponte Preta.
Existe a expectativa de anúncio de pacote de reforços ainda nesta semana. Entre eles, o meia Zé Rafael, do Coritiba, teve participação direta do ex-diretor. Os demais, o atacante Gustavo, do Corinthians, e o lateral Wellington Silva, do Fluminense, não passaram por seu crivo.
O descontentamento respingava também no vestiário, com a necessidade de entrada recorrente do presidente Marcelo Sant'Ana para encerrar mal-estares e se desgastando diante do grupo.
A princípio, a saída do cartola esteve em pauta ao fim da campanha na Série B e era corroborada, inclusive, por uma pesquisa interna realizada junto aos demais departamentos que sugeriu que o futebol não deveria ser dividido entre dois profissionais - Pandolfo e o gerente Diego Cerri, ex-Ceará. Mesmo assim, foi feita uma aposta com a renovação automática de seu contrato.
A confiança era em uma mudança de comportamento durante o mercado, mais entrega ao dia a dia e agilidade considerando, sobretudo, que a receita tricolor não está entre as maiores do país, porém, não foi o que se acompanhou.
Anunciado em novembro de 2015, Nei Pandolfo foi a única peça do futebol prestigiada e mantida durante toda a última temporada.
Com a sua demissão, Cerri assume o comando do futebol e terá o auxílio do atual supervisor Miguel Batista.
Procurado pela reportagem, Pandolfo não atendeu aos contatos.
Fonte: ESPN Brasil