Treinador do Bahia lamenta oportunidades desperdiçadas em partida contra o Atlético-MG, na noite deste sábado. Times ficaram no empate por 1 a 1

O início de jogo do Bahia diante do Atlético-MG foi animador. Com marcação alta, boa troca de passes e jogadas em profundidade, o time de Marquinhos Santos saiu na frente com gol de cabeça de Titi. E continuou em cima. Nem parecia a equipe apática que foi derrotada pelo São Paulo no meio de semana.

Veio o segundo tempo, e o Tricolor caiu de produção. As mudanças feitas pelo treinador Levir Culpi surtiram efeito, e o Galo chegou ao empate com Luan. Poderia ter virado a partida, assim como o Bahia, nos contra-ataques, também poderia ter saído de campo com a vitória. Exemplo disso foi o milagre feito por Victor após chute de Guilherme Santos já no final da partida. No fim, o empate por 1 a 1 pareceu o resultado mais justo.

Não exatamente. Para Marquinhos Santos, a igualdade diante do Galo no estádio Independência teve sabor de derrota.

- Fica o sentimento de derrota pelo que o time produziu. O Bahia jogou com alma. O grupo está de parabéns pela determinação, por fazer tudo o que foi determinado e pela qualidade individual de cada um. Tivemos as chances de vencer o quase atual campeão da Libertadores, que aqui é quase imbatível. O gosto é de derrota, mas temos que valorizar o resultado – afirma Marquinhos.

Para o treinador tricolor, além de jogar com "alma", o time mostrou melhor compactação diante dos mineiros.

- O time agradou demais, principalmente a entrega do grupo como um todo. Não só os jogadores que começaram jogando, mas também os que entraram no decorrer da partida. Eles fizeram tudo o que foi determinado para fazer com que o Bahia voltasse a jogar. Vimos um Bahia forte, com alma e muito melhor compactado – diz.

O próximo compromisso do Bahia é pela Copa do Brasil. O Tricolor vai até São Paulo, onde encara o Corinthians, pela 3ª fase da competição.

Confira abaixo outros trechos da entrevista.

01

JEJUM DE VITÓRIAS

Acho que o momento não é de valorizar os oito jogos sem vencer. Foi quebrada uma sequência de derrotas. Conseguimos uma vitória fora de casa. Jogamos para vencer e acabamos punidos, porque a bola pune. 

02

PARÁ

O Pará é um garoto que ninguém conhecia. Fui buscar na base, nos juniores, e coloquei para jogar pela qualidade dele, que ele demonstrou. Mas é normal, pela idade dele, ter algumas atitudes que a gente precise tirá-lo do time, até para preservar. E o Guilherme evoluiu. Voltou melhor do que o Pará fisicamente, taticamente e até disciplinarmente, até por coisas que aconteceram durante a intertemporada. Mas o Pará vem melhorando. Se ele estiver com a cabeça boa, ele tem um futuro brilhante.

03

CARGO AMEAÇADO

Se me incomodasse, no início da temporada eu mostraria. Faz parte do trabalho. Tem que ter equilíbrio emocional para fazer o melhor. É isso que eu busco para o Bahia. O Bahia já evoluiu. O trabalho tem sido mostrado. Tem situações em que treinadores acabam conversando com um clube com outros treinadores empregados. Não é da minha postura. A classe está melhorando. Se isso acontecer, é uma postura antiética do treinador e também da diretoria, caso aconteça de eu ainda estar empregado. Mas eu confio plenamente na diretoria, no trabalho feito pelo presidente Schmidt, pelo Bolicenho. Eles confiaram no meu trabalho lá atrás e fomos campeões baianos. 

04

ELOGIOS AO RIVAL

Saímos com sentimento de derrota, por aquilo que foi, pelas oportunidades criadas. Mas vale lembrar que o jogo foi igual, até nas propostas de jogo. Levir é um grande treinador; trabalhei com ele no Atlético-PR. E o elenco do Atlético-MG dispensa comentários. Poucas equipes virão aqui e conseguirão tirar pontos do Galo. E o Bahia o fez. 

Origem : Ge.com