Nei Pandolfo, diretor de futebol do Bahia, explica que clube deve voltar ao mercado na próxima semana por causa do luto que tomou conta do futebol brasileiro nos últimos dias

A tragédia envolvendo jogadores, comissão técnica e dirigentes da Chapecoense, na queda do avião que matou 71 pessoas, colocou o futebol brasileiro de luto e atrasou negociações de todos os tipos entre os clubes. O Bahia foi um deles. Com presença garantida na Série A de 2017, a equipe baiana paralisou a busca por atletas para reforçar o elenco na próxima temporada.

A expectativa do Tricolor é reiniciar o trabalho na busca por reforços a partir da próxima semana, quando também se encerra o Brasileirão, como explicou Nei Pandolfo, diretor de futebol, em entrevista ao programa de rádio do clube.

Você não fala em nomes [reforços]. A gente está desenvolvendo, em contato. As dificuldades, a rodada que atrasou em função da tragédia, acabou atrasando. Muitos clubes não querem falar. Estamos conduzindo com paciência. A partir da semana que vem, vamos dar continuidade melhor. Tem muito clube que só vai trabalhar isso a partir da consolidação em 2017

A prioridade do Bahia, como já deixou claro Pandolfo, é renovar o contrato daqueles atletas que se destacaram na disputa da Série B, casos de Luiz Antônio, Eduardo e Moisés, por exemplo. Em relação aos jogadores que têm contrato com o clube, como Hernane, Régis e Renato Cajá, a ordem é não negociá-los com outros clubes, a não ser em caso de proposta vantajosa para o Tricolor.

Durante esse ano, em diferentes momentos, tivemos procura de [outros clubes] atletas. A resposta sempre foi a mesma: Bahia não vai se desfazer. Nossa procura é manter e reforçar. Claro que se surgir uma proposta efetiva, vai ser estudada, com possibilidade de repor a altura

Nei Pandolfo também avaliou o trabalho da diretoria durante a temporada e destacou aquele que, em sua opinião, foi o maior acerto em 2016.

Grandes acertos e erros são feitos por grupos, não por uma pessoa. Trabalhamos em conjunto com diretoria, comissão. Ganhos, acertos e partes ruins fazem parte de um trabalho em grupo. De positivo, acho que as tomadas de posições com rapidez para fazer as correções de percurso que ajudaram a voltar para a Série A. Trocar o pneu com carro andando é mais difícil, mas conseguimos fazer isso

Fonte: Globo Esporte