Fora desde 2012, lateral do Bahia deixa a barba crescer por promessa e vira 'Osama'
Depois de três cirurgias, o lateral esquerdo Ávine tenta voltar aos gramados - ECB
Foram praticamente dois anos sem disputar um coletivo. No último 21 de janeiro, ele disputou o seu primeiro em todo esse período. Mais um passo na recuperação daquele que era considerado até pouco tempo atrás um dos melhores laterais esquerdos do país e que brigou por posição com Marcelo, do Real Madrid, nas seleções de base. Na corrida para voltar a atuar pelo Bahia, Ávine se apoia em uma promessa: não fazer a barba até voltar a pisar em campo oficialmente.
De ‘Menino Maluquinho' no passado, ele passou a ser chamado, então, de ‘Osama' pelos companheiros em 2015.
A princípio, o novo visual assustou a todos.
O choque dos torcedores veio na foto posada à la Bin Laden para a temporada.
Mesmo com as brincadeiras, o atleta mantém o seu ‘amuleto' e tenta deixar para trás as três cirurgias realizadas no joelho direito que atrapalharam a sua carreira e frustraram a sua transferência para o Atlético-MG em 2012, por exemplo - naquele ano, ele fez em agosto sua última partida, contra a Portuguesa, no Canindé.
"Hoje sou evangélico, me converti faz dois anos e congrego na igreja evangélica Planeta de Cristo. Não posso falar agora, não, mas é uma mudança até para mudar o visual, sempre tive um rosto liso. Logo, logo todo mundo vai ficar sabendo o porquê dessa barba grande", Ávine tenta esconder o segredo, em entrevista à Rádio ESPN.
Em seguida, o lateral deixa transparecer que o motivo da promessa é mesmo o seu retorno ao futebol.
Nada que diminua em seu dia a dia a perturbação dos colegas no Fazendão, centro de treinamento tricolor.
"No começo, ela (a barba) coçou um pouco, mas agora é tranquilo. Eu passo shampoo sempre que vou tomar banho para ela ficar cheirosinha para a esposa não reclamar, é uma questão de higiene, né? (risos)", brinca. "Meus irmãos da igreja brincam quando vamos comer, os amigos brincam bastante e o Ananias (ex-Bahia e Palmeiras) pega no meu pé, falam que tem que tirar a barba e o bigode para poder comer, mas nunca tive problema, não. A barba não atrapalha em nada", completa.
Um dos obstáculos enfrentados por Ávine desde o seu início é a diferença no tamanho de suas pernas, que o levou a ter de recorrer palmilha para driblar essa dificuldade.
Ele prefere não estipular um prazo para a volta.
"Estou treinando normal, mas tanto da minha parte como da comissão técnica não estamos fazendo previsão, estamos focando na preparação, até para não atrapalhar nos trabalhos. Estamos voltando devagar e sem queimar etapas para eu não sentir mais nada. A gente criou antes muita expectativa pra minha volta e isso atrapalhou, não quero que aconteça outra vez", conclui.
Se depender de Ávine, os dias como ‘Osama' estão contados