Em situação delicada na Série A do Campeonato Brasileiro, distante apenas um ponto da zona do rebaixamento, o Bahia deverá ter, graças ao período de duas semanas sem jogos, o retorno de três peças importantes para a equipe. Destaques na campanha que levou o clube ao título da Copa do Nordeste, o meia Allione e o atacante Edigar Junio, muito provavelmente, estarão disponíveis para reforçar o Tricolor contra o Atlético-GO, bem como Hernane Brocador, esse afastado desde o fim de abril.
Um verdadeiro alento para o técnico Preto Casagrande, efetivadodurante a semana após comandar o Bahia em cinco partidas (duas vitórias, duas derrotas e um empate), que vai precisar de todo o elenco à disposição para o segundo turno do Brasileiro. Além de estimular a concorrência sadia entre os atletas, ele ganha opções ofensivas de características diferentes para montar a equipe ou até mesmo mudar a cara de um confronto.
O meia Allione, por exemplo, pode dar ao treinador tricolor uma possibilidade ímpar no elenco. Fora de combate desde o jogo contra o São Paulo, com dores no joelho, o argentino atua em um dos extremos do campo no esquema 4-2-3-1, mas tem características de armador, com bom passe em profundidade. Isso faz com que ele tenha facilidade para atuar por dentro, fazendo a aproximação com Régis ou até mesmo trocando de posição com ele.
Edigar Junio é outro que dá versatilidade à equipe de Preto, pois é um jogador que pode atuar em qualquer dos lados do campo, muito forte no um contra um, aliando força e velocidade. Como é um atacante que gosta de estar perto da área, Edigar também pode ser utilizado como centroavante, embora a concorrência seja maior, afinal Rodrigão e Hernane é que vão brigar por essa vaga.
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Mas é, sim, uma alternativa para quando o treinador precisar de uma equipe de mais mobilidade. Juntamente com Régis e Zé Rafael, Allione e Edigar Junio fizeram um quarteto de sucesso no fim do primeiro turno, tendo atingido o ápice nas semifinais e finais do Nordestão, contra Vitória e Sport, respectivamente. É bem verdade, vale ressaltar, que nenhum dos quatro manteve a boa fase no Brasileirão. Zé foi o mais regular e o único que não sofreu com lesões.
Essa foi a formatação ofensiva usada pelo Bahia na reta final da Copa do Nordeste.
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Para reconquistar a titularidade, Edigar Junio e Allione precisarão superar a concorrência do próprio Zé Rafael e também de Mendoza, que vive boa fase e serve bem ao esquema tricolor pela velocidade para puxar os contra-ataques e obediência na recomposição. Prova disso é que o argentino já foi banco para o colombiano antes de se lesionar pela segunda vez na Série A.
Essa é a formatação ofensiva atual do Tricolor usada por Preto.
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Outro que precisará suar para recuperar a titularidade é Hernane Brocador, que sofreu uma fratura na tíbia no final de abril e ficou mais de quatro meses afastado dos gramados. Nesse período, o Tricolor abriu mão de Gustavo, mas contratou Rodrigão, que logo caiu nas graças da torcida ao marcar quatro vezes em três partidas, embora não balance as redes há quatro rodadas.
O próprio Hernane, em entrevista concedida na última sexta-feira, admitiu que Rodrigão é o titular e que ele precisará brigar para recuperar seu espaço.
- Concorrência positiva. Hoje, Rodrigão é o titular. Fiquei me recuperando para estar 100%. Falta ritmo de jogo, que você só adquire jogando. Titularidade vem com trabalho, com dedicação, com o dia a dia. Isso aí, aos poucos, acontece. Hoje, o Rodrigão é o titular. Tem o meu respaldo, o do Preto. Agora vou trabalhar, buscar minha oportunidade e, quando entrar, corresponder – afirmou o Brocador.
Depois do treino de sexta, o elenco tricolor foi liberado e só retorna aos treinos segunda-feira. O Bahia volta a campo outra segunda, dia 11, no estádio Olímpico, diante do Atlético-GO.
Fonte: Globo Esporte