Kleina sobre salários atrasados: "mexeu com o nosso emocional"
"Não vou ser demagogo", disse o treinador do Bahia em coletiva. Clube deve dois meses de salários aos jogadores do time principal
O técnico Gilson Kleina não nega: os salários atrasados têm prejudicado o rendimento dos jogadores do Bahia em campo. Após a exposição da notícia na última semana, quando os jogadores conversaram com o diretor de futebol Rodrigo Pastana no Fazendão, o Tricolor perdeu para Santos e Chapecoense. O comandante da equipe afirma que tenta driblar o problema, mas admite que tem sido inevitável não trazer o assunto à tona.
"Eu tento fazer as coisas não acontecerem de fora para dentro. Converso muito com eles. Eu acredito que no futebol você resolve fazendo os resultados. Isso que estou passando para eles. Mas também não vou ser demagogo de dizer que a situação não mexeu com o nosso emocional, porque todos nós sabemos da situação. Temos que administrar. Aquilo que falei na última coletiva, acredito muito nas pessoas que estão resolvendo essa situação. Mas também é inegável. Depois dessa reunião só se fala nisso", disse Kleina.
Segundo o treinador, tudo o que está ao alcance da comissão técnica está sendo feito. "A gente está administrando da melhor maneira possível. A gente tenta colocar para as famílias que as coisas vão acontecer. O torcedor está nos ajudando. A gente tem que ter tranquilidade para voltar as vitórias. Acho que muitos clubes estão passando por essa situação. Espero que, olhando para o nosso umbigo aqui, a gente possa solucionar, porque só a gente conseguindo o resultado acredito que a gente possa pegar mais força".
Com as duas derrotas seguidas no Brasileirão, o Bahia acabou voltando para a zona de rebaixamento. Agora, o time é 17º, com 30 pontos. Nesta quarta-feira (15), a equipe encara o Universidad César Vallejo e tenta avançar na Sul-Americana. Sábado o time encara o São Paulo, no Morumbi, pela 29ª rodada do Brasileirão.