San Lorenzo vence uma Libertadores como jamais haverá igual

Séculos passarão, uma nova era glacial acontecerá, mas nunca, nunca mais haverá uma Libertadores mais aleatória que esta de 2014. A Libertadores que foi vista até por um ovni que sobrevoou o Nuevo Gasómetro naquele San Lorenzo 3 x 0 Botafogo, em abril.

A Libertadores que será lembrada como a Libertadores do papa, e você já está cansado de ouvir isso, mas é verdade verdadeira. A Argentina ganhou a Copa do Catolicismo e sêo Francisquinho ganhou a Libertadores no ano seguinte – falhou na Copa do Mundo, mas quem liga pra ela?

Poderia ser uma Libertadores paraguaia, do Nacional, querido Nacional,  o time mais carismático da parte castelhana da América do Sul, mas foi a Libertadores do San Lorenzo, campeão tão inédito quanto seria o rival paraguaio que enfrentou na final.

E pergunto: quem, a não ser um time que tomou Viagra para ir às alturas (da Bolívia) durante a competição, poderia ter braços mais rijos (opa, opa, opa) para erguer a taça libertadora?

San Lorenzo com a taça da Libertadores

Martin Cauteruccio, Hector Villalba e a mais cobiçada da América

A Libertadores em que o campeão teve em campo um jogador negociado com o Bahia, mas Leandro Romagnoli, que ia e depois não ia, talvez vá. Ou talvez fique. A Libertadores foi tão louca que matou o Impedimento (#ficaImpedimento) (#voltaImpedimento).

O dono da Libertadores mais diferentona de todos os tempos, aquela vencida pelo segundo pior time da fase de grupos, vai ao Marrocos sonhando com o Real Madrid. Fosse torcedor merengue, colocaria barba de molho. San Lorenzo é um time sem limites, formado debaixo de chuva de papel higiênico e no padrão Fifa Conmebol.


Fonte: Rodrigo Borges – Blog Esporte Fino

Foto: Juan Mabromata/AFP