O Bahia retorna à elite nacional mesmo perdendo para o Atlético-GO, na última rodada da Série B
Força em casa, desempenho defensivo e Juninho foram decisivos.
O percurso foi longo, cheio de pedreiras, altos e baixos, amores e ódio. Houve crise, demissões, descontentamento. Mas houve também provas de amor, sorrisos e choros de alegria. Eis que, ao fim de 38 rodadas, o Bahia garantiu presença na elite do futebol nacional em 2017. A confirmação veio na partida contra o Atlético-GO. Mesmo derrotado, o Tricolor contou com o tropeço do Náutico para garantir uma das quatro vagas na Série A.
É hora, então, de passar a Série B a limpo e refazer os passos que levaram o Bahia de volta à Série A. Foram sete, na análise da equipe do GloboEsporte.
FORÇA EM CASA
Principal virtude do Bahia na competição. Não fosse o ótimo desempenho jogando dentro de casa, a equipe dificilmente teria conquistado o acesso, já que o rendimento longe de Salvador foi fraco. O Tricolor venceu 15 dos 19 jogos que fez jogando em seus domínios, com apenas dois empates e duas derrotas. No segundo turno, o rendimento foi ainda mais impressionante: a equipe venceu todas as nove partidas que fez na Arena Fonte Nova.
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SPRINT FINAL
Nas corridas do atletismo, o termo sprint é designado para definir aquele arranque final do atleta rumo ao triunfo. Foi algo parecido o que o Bahia fez. Antes de ser derrotado pelo Atlético-GO, o Bahia conseguiu uma invencibilidade de sete partidas, vencendo cinco e empatando duas, num total de 17 pontos conquistados de 21 possíveis.
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BOM DESEMPENHO DA DEFESA
O Bahia teve a segunda melhor defesa [ao lado do Avaí] da competição, com 34 gols sofridospor partida, atrás apenas do Londrina, que levou um a menos. O número é ainda melhor a partir da chegada de Muriel, Eduardo e Tiago, que formaram o sistema defensivo ao lado de Jackson e Moisés.
Essa formação defensiva sofreu apenas 16 gols em 21 partidas, média de 0,76por jogo. Antes da formação com esses atletas, a média era de um gol por jogo.
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JUNINHO
Termômetro da equipe, Juninho se manteve regular durante toda a temporada, porém cresceu no momento certo. Volante de bom passe, era dele a função de recuar até os zagueiros para iniciar as jogadas. Foi tão importante no time que liderou as estatísticas de desarmes e finalizações. Marcou 11 gols na temporada, sendo seis deles na Série B.
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FAXINA NO MEIO DO CAMPEONATO
O time ia mal das pernas quando a diretoria decidiu demitir Doriva e contratar Guto Ferreira. A troca de treinador não foi suficiente, e o Bahia continuou a dar vexame. A derrota em casa para o Vila Nova foi a gota d’água. Marcelo Sant’Ana viu a necessidade de afastar jogadores e demitir Éder Ferrari, gerente técnico, e Reverson Pimentel, preparador físico. O ambiente melhorou, novos atletas chegaram e o Tricolor reencontrou o caminho dos triunfos.
GUTO FERREIRA
Embora não tenha conseguido fazer a equipe render fora de casa, é inegável que o treinador mudou a cara da equipe. O Bahia, principalmente na Arena Fonte Nova, foi um time vibrante, de marcação forte e postura agressiva, que sempre buscou dominar os seus adversários.
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APOIO DA TORCIDA
À medida que o Bahia foi apresentando um futebol competitivo, a torcida comprou a ideia do acesso e começou a encher a Fonte Nova. Foram 11 partidas com mais de dez mil pessoas no estádio, e o Tricolor venceu todas. Contra o Bragantino, último jogo do returno, os tricolores esgotaram os mais de 43 mil ingressos para o duelo com uma semana de antecedência. O Bahia, inclusive, liderou a média de público da Segundona: 14.793 torcedores por partida.
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Fonte: Ge.com