Com o assassinato do jovem Carlos Henrique Santos de Deus após o Ba-Vi do último domingo (9), o Ministério Público da Bahia, através do promotor Olímpio Campinho, cogitou a implantação de torcida única nos próximos clássicos.
A ideia da entidade, porém, não é bem vista pelo vice-presidente do Bahia, Pedro Henriques. Na opinião do dirigente, a "culpa" pelo ocorrido não passa pelo esporte. "Acredito que não podemos transformar um problema social em um problema esportivo. Temos que buscar responsabilizar quem tem responsabilidade, que é o assassino, e a segurança pública. Isso é culpa do esporte? É querer transferir responsabilidades", declarou, em entrevista ao Bahia Notícias.
O membro da diretoria do Esquadrão reforçou o argumento com o fato de nenhum incidente ter sido registrado dentro da Arena Fonte Nova. Vale lembrar que o clássico marcou o retorno de um setor específico para a torcida mista. "Quem tem que apresentar soluções sobre os problemas nas ruas são os clubes? Porque não perguntam para o prefeito ou para o governador? A Polícia Militar faz um trabalho espetacular e temos que agradecer pela segurança, tanto que não tivemos incidentes dentro do estádio. É achar que tem alguém ingênuo. Por parte do Bahia, não vai acontecer. Lamentamos pelo ocorrido, mas isso não tem nada a ver com futebol", indicou.
Bahia e Vitória voltam a se enfrentar no dia 27 de abril, no Barradão, pela primeira partida das semifinais da Copa do Nordeste.
Fonte: Bahia Notícias