Na tarde desta sexta-feira (31), o meia Vinícius concedeu entrevista coletiva no Fazendão. O jogador falou sobre o próximo adversário do Bahia, o Atlético-PR. As duas equipes se enfrentam no próximo domingo (2), às 16h, na Arena da Baixada, pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro. A equipe paranaense foi o último time de Vinícius antes da sua chegada ao Tricolor, no ano passado. Mas o meia não tem boas lembranças do clube.

Vinícius é torcedor do Atlético-PR e chegou ao seu clube do coração no início de 2016. Seis meses depois, após não aceitar se transferir para o Goiás, acabou sendo emprestado ao Náutico. No ano seguinte, o meia entrou uma confusão após declarar que dirigentes do clube o ameaçaram em uma reunião na qual se discutia sua transferência para o Avaí. Vinícius aceitava se transferir, mas fazia questão de receber suas luvas contratuais, que estavam atrasadas.

Na época, foi registrado um boletim de ocorrência na Polícia Civil. Nele, consta que o vice-presidente Márcio Lara, e o gerente de mercado, Sidclei Menezes, disseram que o jogador deveria tomar cuidado ao andar por Curitiba, além de vários xingamentos.

Após a divulgação do boletim de ocorrência, o Atlético-PR negou as acusações e afastou o jogador. Vinícius, então, entrou com uma ação contra o clube, reivindicando cerca de R$ 1 milhão.

Vinícius passou seis meses sem jogador até acertar com o Bahia, em maio de 2017. Se jogar, será sua primeira partida na Arena da Baixada após deixar o Furacão:

Pra mim, especial, um jogo marcante. Vou jogar contra meu ex-clube. Não gosto de ficar voltando por tudo o que aconteceu lá. Mas jogar em casa, jogar contra um time que já falei que era torcedor quando pequeno, minha família é de Curitiba, torcedora do Atlético-PR, realizei meu sonho de jogar em meu time do coração, mas não tenho boas lembranças de lá. Hoje estou no Bahia, estou feliz aqui e espero chegar domingo e conseguir o triunfo.

No triunfo contra o Ceará, na última quarta-feira (29), Vinícius ficou de fora por causa de um problema no joelho. Segundo o meia, o calendário apertado impossibilitou um tratamento adequado. Porém, o jogador garantiu estar pronto fisicamente para a partida de domingo:

Tive uma tendinite patelar que já vinha há algum tempo. Nessa sequência de jogo, uma hora ou outra a dor aumenta. Mas como falei, foi mais uma estratégia do Ederson para o jogo e pela sequência de jogos que vinha tendo. A gente sabia que a qualidade do gramado não era a melhor, que seria um jogo mais truncado. A estratégia dele foi essa. Mas estou apto a jogar. Se domingo ele optar por mim, vou estar feliz.

Neste domingo, o Bahia fará sua terceira e última partida seguida fora de casa. O Tricolor visitou Santos e Ceará na última semana. Vinícius diz saber da força do Atlético-PR em casa, mas disse que o objetivo do Bahia é voltar à Salvador com, no mínimo, um ponto na bagagem:

Sei da força que eles têm dentro de casa. É uma equipe que quando joga sob seus domínios usa a força da torcida para ir em cima do time adversário. É um jogo de seis pontos. A gente está um ponto acima deles, mas eles têm um jogo a menos. Um triunfo vai ser de suma importância. Mas a gente também está com o pensamento de que se não ganhar, não pode perder. A gente tem que estar sempre pontuando, vem de uma sequência de empates, mas esses empates deixaram sempre a gente e, posições boas. Claro que o Bahia nunca vai entrar para empatar.

Confira o que Vinícius falou em entrevista coletiva

Desgaste das viagens
- Foram três jogos fora, terceira viagem aí, pesa bastante. A gente sabe que nossa profissão é essa. Infelizmente com o calendário com a Copa do Mundo, ficou mais apertado. Foram nove jogos no mês, vai começar um novo, a gente vem em uma sequência pesada. Enderson está fazendo rodízios. A gente sabe que de outras equipes, a gente tem um elenco mais reduzido, às vezes não tem como rodar todos os jogadores, mas quem entrar em campo vai dar o melhor

Mudanças para evitar lesões
- Tem isso também e tem, como falei, a estratégia. No jogo passado ficou bem claro isso, quando entrou com três volantes, na casa do adversário, onde não facilitava um jogo mais técnico. E a gente foi feliz. Na Arena da Baixada, o jogo fica mais corrido

Triunfo fora de casa
- A gente já vinha trabalhando para esse triunfo fora de casa no Brasileiro. Era uma coisa que estava pesando muito em nós jogadores. A gente sabia que estava jogando vem, mas o resultado não vinha. A estratégia que o Enderson montou para esse jogo surtiu efeito, deu resultado. Mostra mais uma vez a força do grupo, do elenco. Que a gente consiga agora mais triunfos fora de casa.