Um dos presidentes mais marcantes e controversos da história do Esporte Clube Bahia. Amado e odiado por muitos torcedores, venerado por aliados e repudiado por desafetos. A historia do Esquadrão de Aço sem dúvida alguma está fortemente relacionada com a história de Paulo Virgílio Maracajá Pereira.
Paulo Maracajá foi um dos mais longevos presidentes do Bahia, foram 15 anos como presidente, mais de 20 anos participando ativamente, tendo conquistado 17 títulos nesse período, foi heptacapeão Baiano e o mais importante deles: o Campeonato Brasileiro de 1988.
Maracajá ficou marcado como um presidente brigador, que peitava qualquer parada para defender o Bahia. Lembro que na partida contra o América do Rio de Janeiro, jogo válido pela última rodada do returno, o Bahia estava jogando pela classificação para as quartas de final, enquando o América apenas estava brigando contra o rebaixamento. Zé Carlos lançou na área e Marquinhos completou de perna esquerda, tirando o goleiro, mas um zagueiro tirou a bola em cima da linha ou dentro do gol, as imagens não são bem claras. Bem, para a torcida do Bahia e para Paulo Maracajá a bola foi dentro. Então o Presidente entrou em campo, ficando parado bem no circulo central, apontando para o chão dizendo que a bola tinha que ser colocada ali, pois na opinião dele a bola entrou. Ele chegou a ser entrevistado por um repórter (sim, dentro de campo, pois os reporteres tinham a liberdade de entrar no campo naquela época) e ele disse: "Ele vai ter que colocar a bola aqui, senão vai parar o jogo". Sabe o que aconteceu? Exatamente, o juiz validou o gol. Assim o Bahia venceu o jogo e se classificou para as quartas.
Se por um lado a parte da torcida o amava por atos como o que citei aqui acima, outra parte não morria de amores por ele. Paulo Maracajá foi considerado uma espécie é Coronel, era centralizador, as vezes demonstrava atutoritarismo e arrogância. Mesmo fora do Bahia, Maracajá continuou "opinando" nas decisões do clube por muitos anos.