Postado por - Newton Duarte

Celebrando retorno da credibilidade, Diretor do Bahia nega procura por 'Palmeirenses'

Faria celebra retorno da credibilidade e nega procura por Ryder e Cicinho

Diretor de futebol do Bahia conta que venceu concorrência da Ponte Preta para acertar com o atacante Alexandro, que realiza exames para assinar contrato

Alexandre Faria celebrou o retorno da credibilidade do Bahia no mercado da bola (Foto: Divulgação/E.C. Bahia)

O cenário não era nada favorável. Com graves problemas financeiros, o Bahia iniciou a atual temporada como um clube nada atrativo para os jogadores. Quem era procurado para reforçar o time rejeitava a proposta pela fama de mau pagador do Tricolor. Quem passava pelo Fazendão, não recomendava a assinatura de contratos. Contratar novos atletas era uma missão complicada, que mudou no decorrer dos meses de 2015.

Nesta quarta-feira, o diretor de futebol do Bahia, Alexandre Faria, concedeu entrevista à rádio CBN de Salvador e comemorou o retorno da credibilidade no mercado. O cartola afirmou que o Bahia conseguiu reconstruir um respaldo para buscar bons reforços e citou o atacante Alexandro, que realiza exames no Fazendão, como exemplo do resgate do potencial de concorrência tricolor e destacou que a maré virou.

- No começo do ano, a gente teve muita dificuldade, a imagem do clube era muito negativa. A gente teve muita dificuldade. Graças ao trabalho do presidente, do sub-presidente e da diretoria executiva, na controladoria e finanças, o Bahia resgatou. O problema que eu tinha no começo do ano de dificuldade para trazer jogadores, hoje é que tenho que ter mais gente para analisar o número de jogadores oferecidos. Hoje o cara quer jogar no Bahia. O Alexandro deixou de voltar para a Ponte Preta para vir para o Bahia. Ele conhece, jogou com o Kieza no Náutico, sabe o que está sendo feito aqui, o potencial do clube. Hoje, felizmente, podemos dizer que, em seis meses de trabalho da diretoria, já conseguimos, pelo menos no meio da boleirada, resgatar a credibilidade do clube – contou Faria.

Faria elogiou bastante o atacante Alexandro. Após se destacar pela Penapolense no Campeonato Paulista, o jogador assinou com a Ponte Preta e encerrou 2015 como artilheiro da equipe, com 12 gols. No início deste ano, solicitou transferência para os Emirados Árabes, depois de ter recebido uma proposta irrecusável para defender o Emirates FC por cinco meses. O diretor de futebol do Bahia diz que venceu a concorrência da Ponte Preta para fechar com o atleta.

Para saber mais: Alexandre Faria fala sobre planejamento para a Série B, contratações; Ouça

- Alexandro a gente já acompanha há muito tempo. Fez o Paulista pela Penapolense, onde deu uma guinada na carreira. Depois foi para a Ponte Preta. É um atleta que a gente discutiu a possibilidade de trazer no começo do ano. Foi impossível, porque ele tinha uma proposta dos Emirados Árabes. Continuamos monitorando ele. Em 13 jogos, fez 10 gols e foi muito bem, jogando sempre os 90 minutos. Tem características de área, mas tem força, velocidade; tem característica de muita briga, luta, que ajuda muito na marcação alta. Dando tudo certo, os exames saem amanhã, a gente assina contrato e ele vai ser jogador do Bahia pelo menos até o Baiano de 2016 – afirmou o dirigente.

Bahia venceu a concorrência da Ponte Preta para acertar com Alexandro (Foto: Carlos Velardi/ EPTV)

O cartola tricolor também negou a procura pelo lateral-direito Cicinho, que na temporada passada atuou pelo Sevilla, da Espanha, e por Ryder, atacante que está no Palmeiras e já passou pelo Bahia.

- Não. Ryder, por ter sido atleta que passou aqui, foi ventilado, mas não tem nada de negociação. Cicinho, por ter jogado com Sérgio no Santo André, recentemente terminou o contrato dele na Espanha, mas não tem nada de negociação em andamento com nenhum dos dois – declarou.

Alexandre Faria ainda afirmou que a lateral esquerda não é uma prioridade entre as possíveis investidas do Bahia no mercado. Atualmente, Sérgio Soares tem Marlon, Patric, Carlos e Ávine para compor o setor. O volante Bruno Paulista também pode ser improvisado para atuar na posição.

- A gente tem no grupo, além do Marlon, o Patric, que tem um potencial muito grande, que teve algumas dificuldades especialmente na hora de se estabilizar emocionalmente. O Lulinha [Tavares] vem fazendo trabalho com ele. Tecnicamente, ele mostrou muita condição. Demos chance ao Carlos, que começou bem e teve uma caída. Quando foi solicitado, o Bruno [Paulista] foi muito bem. Nesse momento, não é a prioridade – finalizou.