Titular absoluto do Bahia em 2017, o volante Edson renovou o seu empréstimo para continuar no Bahia nesta temporada. O jogador de 26 anos, que pertence ao Fluminense, disse ter contrariado a vontade do time carioca, que queria o seu retorno, para continuar no Esquadrão. O atleta declarou, em entrevista ao site Globo Esporte:
Na verdade, eles queriam que eu retornasse, mas o mais importante é o que eu quero para mim. O meu desejo sempre foi permanecer no Bahia. Não tem nada que vá contra a palavra do jogador, que fala onde quer jogar ou não, desde que haja interesse de ambos. Então, foi isso que aconteceu no Bahia. Tive uma passagem muito boa no Fluminense, tenho um carinho enorme pelo clube, que tem funcionários com coração enorme. É um clube que abriu as portas para mim, clareou tudo na minha vida e eu tenho que agradecer por tudo que fizeram por mim. Mas é vida que segue e temos que procurar o melhor para nós
Edson vinha negociando a sua renovação com o Bahia desde o final do último Campeonato Brasileiro. O volante disse ter deixado claro, desde o início, que pretendia continuar jogando pelo tricolor baiano:
Quando soube que o Bahia tinha interesse na minha continuidade eu não pensei duas vezes. A gente sempre recebe algumas situações, mas a escolha é minha. Eu escolho para onde quero ir, eu que tenho a assinatura do meu contrato e sempre deixei bem claro para Diego [Cerri, diretor de futebol do Bahia] que minha vontade era ficar no Bahia. Sempre dei a prioridade para eles. É um clube que está trabalhando correto, um clube que tem um prestígio muito grande dos jogadores brasileiros e até de fora do país, né? Então comigo não é diferente. A gente que conhece a história do clube de dez anos atrás, que não tinha um prestígio tão bom no futebol e hoje isso mudou muito rápido. É claro que foi com o trabalho do pessoal da direção que entrou e das pessoas que querem o crescimento do clube. Então isso me motivou a poder renovar meu contrato com o clube por mais um ano e quem sabe aí por mais tempo, né?
O jogador também disse pensar em continuar no Bahia até mesmo por mais temporadas e falou do sonho de conquistar títulos com a camisa tricolor:
É um ano de empréstimo, mas quem sabe? O futuro a Deus pertence. Trabalhar com humildade, porque aí a gente chega onde a gente quer, e a gente está firme e forte para ajudar o Bahia a conquistar coisas grandes no ano.
Edson já vinha treinando com o elenco do Bahia desde antes da confirmação da sua renovação. Nos primeiros treinos desta temporada, ele vem atuando pelo time principal, mesmo com a chegada de reforços para a posição, como Nilton e Elton.
Isso [a concorrência no time titular] é sempre bom porque todos os clubes têm que ter concorrência e o jogador não se acomodar pensando que é o dono da posição. Ano passado tinha Matheus Sales com Renê, e Nilton e Elton estão vindo para substituir a saída dos dois. E tem o Juninho e Feijão. Só quem tem a ganhar com isso é o Bahia. A concorrência sempre vai existir, é sadia, claro que um respeitando o outro. Todo mundo quer jogar e tem que ficar chateado quando não está jogando mesmo. Mas ficar chateado com si mesmo e não com o companheiro, que quer ajudar o clube. Se a gente tiver esse pensando de um querendo ajudar o outro, as coisas têm mais chance de dar certo.
Edson vem fazendo dupla de volantes com Nilton nos primeiros trabalhos desta temporada. Elton também foi testado na posição, assim como Juninho, que já deixou o clube para atuar no Ceará até o fim desta temporada. Edson espera repetir, seja qual for o parceiro na posição, o sucesso da dupla com Renê Júnior na última temporada. Porém, ele admite que o entrosamento pode levar um tempo para acontecer.
Quanto ao entrosamento, acho que demorar um pouco. Possa acontecer que, de repente, seja rápido. Mas ano passado não foi rápido para encontrar o time ideal. É isso que acontece durante a formação da equipe. A gente espera que tudo possa acontecer da melhor maneira.
O volante também espera conquistar mais títulos pelo Bahia em 2018. Na temporada passada, Edson foi campeão da Copa do Nordeste. O jogador espera conquistar novamente o título e também ser campeão de uma competição nacional. Neste ano, o Tricolor disputa a Copa do Nordeste, o Campeonato Baiano, a Copa do Brasil, a Copa Sul-Americana e Campeonato Brasileiro.
E aqui a gente foi campeão da Copa do Nordeste, perdemos o Baiano por dois empates jogando praticamente o campeonato todo alternando [entre time titular e reservas]. E daí fizemos a melhor campanha do clube na Série A nos pontos corridos e colocamos o clube na Sul-Americana. Claro que pensar assim é pouco, a gente quer ganhar mais títulos. Ganhamos a Copa do Nordeste ano passado, queremos ganhar esse ano, estadual, Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil... Quem sabe, tudo é possível. O futebol, hoje, está muito igual, e a gente tem que pensar grande porque o Bahia é um clube muito conhecido, de torcida gigante, sempre tem sintonia de jogadores com torcedor. A gente tem totais condições de vencer um desses campeonatos. Claro, não é nada impossível. A diretoria está montando time muito competitivo que vai dar alegria para o torcedor.
O jogador também pensa em uma meta individual: superar o número de jogos da última temporada. Em 2017, o volante atuou em 37 partidas.
A gente sempre pretende jogar o máximo de partidas possíveis. Você sempre tem uma coisa a melhorar no ano seguinte. Se eu fiz 37 jogos, então quero melhorar minha marca mais e fazer 50. Isso é bom porque você está vendo que as coisas tão dando certo, e o trabalho sendo desenvolvido.
