Conheça a história dos 10 jogadores que mais fizeram a torcida tricolor explodir de alegria no momento do gol
A lista foi retirada do site oficial do Bahia.
10. Biriba (113 gols)
Armindo Avelino de Santana, mais conhecido como Biriba, é o décimo maior artilheiro da história do Bahia. Ponta-esquerda do primeiro título brasileiro do Bahia, a Taça Brasil de 1959, Biriba ficou por 14 anos no Tricolor, se transformando num dos maiores ídolos da história o Esquadrão.
Biriba nasceu em 10 de novembro de 1938, no bairro de Itapuã, na época, ainda uma colônia de pesca. Aos 16 anos, em 1954, Biriba foi fazer um teste no Bahia e foi aprovado. Começava aí a grande história de Biriba no Tricolor.
Seu sucesso no Bahia começou em 1957. O time principal do Bahia foi excursionar pela Europa e apenas os jovens ficaram para disputar o Campeonato Baiano. Esse time de jovens passou a ser chamado de "Juventude Transviada" e conquistou o título estadual. Biriba se tornou titular absoluto após uma grande atuação num Ba-Vi em 1958, no qual ele fez um gol e deu uma assistência para Hamilton, após driblar meio time do Vitória.
Biriba foi titular indispensável no time campeão da Taça Brasil de 1959, fazendo gols importantes, inclusive no primeiro jogo da final contra o Santos.
O jogador ficou no Bahia até 1968, conquistando, além do título nacional, 6 campeonatos baianos e participando de duas Libertadores da América. Biriba faleceu em 25 de outubro de 2006, aos 68 anos, e foi sepultado no bairro de Itapuã onde nasceu, foi criado e de onde nunca saiu.
9. Alencar (116 gols)
Joaci Freitas Dutra, mais conhecido como Alencar, também fez parte do time tricolor campeão da Taça Brasil de 1959 e teve uma passagem rápida, porém marcante pelo Tricolor, que acabou lhe valendo o apelido de "Pelé do Bahia".
O meia-direita, nascido em Maranguape, no Ceará, em 1937, foi revelado pelo time do Ceará e deixou uma boa impressão nos cartolas tricolores após um jogo da Seleção Cearense em Salvador pelo Campeonato Brasileiro de Seleções. Após uma proposta irrecusável feita pelo Bahia, Alencar chegou ao Tricolor em 1959, pouco antes do início da Taça Brasil.
Naquele campeonato, Alencar foi um dos principais jogadores do ataque do Bahia, fazendo com que o tricolor fosse o primeiro campeão brasileiro da história, sendo extremamente decisivo nas finais contra o Santos. Alencar fez no finalzinho, o gol que deu o triunfo ao Bahia em plena Vila Belmiro por 3x2, e no jogo decisivo, fez o gol do título no Maracanã.
O número de gols de Alencar é impressionante, porque ele ficou poucos anos no Bahia. Em 1962, o atacante cearense foi contratado pelo Palmeiras, fazendo sucesso no time paulista. Após a passagem pelo Palmeiras, perambulou por alguns clubes e até voltou rapidamente ao Bahia, mas Alencar acabou se aposentando cedo, com apenas 31 anos, em 1968.
Após a aposentadoria, Alencar se tornou técnico e teve uma passagem pelo Bahia em 1975. Além do Tricolor, Alencar treinou outras equipes do estado, como o Ypiranga e o Fluminense de Feira, além de ter revelado Bobô, quando era treinador da Catuense. Alencar faleceu em 27 de setembro de 1990, com apenas 53 anos, vítima de hepatite.
8. Vareta (121 gols)
Artilheiro dos primórdios do Tricolor, nas décadas de 1930 e 1940, Vareta está na história do Bahia por ter sido o maior artilheiro de um único Ba-Vi. Na maior goleada do clássico, o 10x1 de 8 de dezembro de 1939, Vareta fez 5 gols. Além disso, foi o artilheiro dos Campeonatos Baianos de 1939 e 1940, ajudando a começar a construir a história do Bahia.
7. Nonato (125 gols)
Mais recente na cabeça e no coração dos torcedores do Bahia, Nonato é um dos maiores ídolos do século XXI dos torcedores tricolores.
Nascido em Viseu, no Pará, em 5 de julho de 1979, Nonato começou nas categorias de base da Tuna Luso, mas logo. foi descoberto por um olheiro do Bahia e veio para o Tricolor. O atacante subiu aos profissionais em 2000 e logo já começou a deixar a sua marca. Marcando gols decisivos, o atacante foi artilheiro da Copa do Nordeste de 2001 e da Copa do Brasil de 2003. Pelo Tricolor, conquistou o Campeonato Baiano em 2001 e as Copas do Nordeste de 2001 e 2002.
Em 2003, deixou o Bahia e foi atuar no futebol da Coreia do Sul. Retornou ao Brasil em 2006 e atuou no Goiás e no Fortaleza, antes de retornar ao Bahia em 2007. Nonato encontrou o Bahia numa situação extremamente delicada, disputando a Série C do Campeonato Brasileiro. Neste ano, Nonato foi o líder e o artilheiro do Tricolor, que conseguiu o acesso à segunda divisão.
Após aquela Série C, Nonato voltou ao futebol asiático, dessa vez no Japão, para uma rápida passagem. Voltou ao Brasil ainda em 2008 e passou por várias equipes desde então, se fixando no futebol goiano. Jogando pelo Goianésia, Nonato foi três vezes consecutivas artilheiro do Campeonato Goiano (2014, 2015 e 2016).
O último clube do goleador, que ainda está na ativa e sonha encerrar a carreira no Bahia, foi o Nacional, de Manaus.
6. Marcelo Ramos (128 gols)
Outro jogador com passagem recente pelo Tricolor, Marcelo Ramos é cria da base do Bahia e teve grandes passagens por algumas equipes do Brasil.
Nascido em Salvador, em 25 de junho de 1973, Marcelo Ramos foi revelado no Bahia. O atacante subiu ao time principal em 1990 e foi, com o Bahia, campeão baiano em 1991, 1993 e 1994, sendo o artilheiro do campeonato em 1993. Marcelo Ramos se destacou tanto na equipe, que foi vendido ao Cruzeiro em 1995. Ídolo na equipe mineira, pelo qual é o quinto maior artilheiro, com 162 gols, o atacante foi campeão da Libertadores em 1997.
Além do Cruzeiro, Marcelo Ramos teve passagens significativas por Palmeiras, Corinthians, São Paulo, Atlético-PR, além de uma rápida passagem pelo rival Vitória em 2005. Além disso, Marcelo Ramos teve passagens pelo futebol holandês e japonês.
Em 2008, já veterano, Marcelo Ramos voltou ao Bahia para ajudar o Tricolor na disputa da Série B. O Bahia não conseguiu o acesso naquele ano, mas o atacante deixou a sua marca, fazendo sete gols naquele campeonato. Após deixar o Bahia ao final daquele ano, passou por várias equipes, até se aposentar em 2012, defendendo o Ypiranga.
5. Osni (138 gols)
O atacante Osni tem apenas 1,56m de altura, mas era um gigante com a bola nos pés e um dos maiores ídolos do início do tricolor nas décadas de 1970 e 1980.
Nascido em Osasco, em 13 de julho de 1952, Osni começou como profissional no Santos no final da década de 1960 e após rápida passagem por empréstimo pelo Olaria, foi contratado pelo Vitória. No lado rubro-negro da cidade, Osni se tornou ídolo com seu estilo provocativo, marcando gols e conquistando o título baiano de 1972. Na decisão contra o Bahia, após driblar o zagueiro Romero, ele sentou sobre a bola e chamou outros marcadores para tentarem marcá-lo, o que acabou provocando confusão.
Após grande passagem pelo Vitória, entre 1971 e 1976, o ponta-direita baixinho foi contratado pelo Flamengo. No rubro-negro carioca, Osni teve uma boa passagem, chegando a ser convocado para a Seleção Brasileira, mas não ficou muito tempo.
Em 1978, Osni retornou à Bahia, mas dessa vez para defender o Tricolor de Aço. No Bahia, Osni teve três passagens num curto período de tempo, a primeira entre 1978, a segunda entre 1979 e 1980, e a terceira entre 1982 e 1984. Nesse meio período, o atacante teve passagens pelo Maranhão e Santa Cruz.
No Bahia, Osni participou de um dos times mais vencedores da história do Tricolor, sendo campeão baiano em 1978, 1982, 1983 e 1984, além de artilheiro do campeonato em 1983 e 1984. Na edição de 1984, além de campeão e artilheiro, Osni acumulou a função de treinador da equipe.
Baixinho, provocador e artilheiro, Osni conseguiu ser ídolo nos dois rivais baianos e o quinto maior artilheiro da história do Bahia. O ponta acabou se aposentando em 1985, após jogar no Leônico.
4. Uéslei (140 gols)
O quarto maior artilheiro da história do Bahia é o atacante Uéslei, que ganhou da torcida o apelido de Pitbull, e foi um dos maiores ídolos do Bahia na década de 1990.
Nascido em Salvador em 19 de abril de 1972, Uéslei foi revelado pelo Bahia, começando no time principal em 1991. Nessa primeira passagem pelo Tricolor, Uéslei foi campeão baiano em 1991, 1993 e 1994.
Com o sucesso no Bahia, Uéslei foi vendido para o Flamengo, e nos anos seguintes, além do time carioca, o atacante passou por Guarani, São Paulo e o rival Vitória.
Uéslei voltou ao Bahia em 1998, dando o título baiano ao Bahia e conquistando a artilharia da competição. Com o Pitbull, o Bahia seria também campeão em 1999, em título dividido com o Vitória.
Após rápida passagem pelo Internacional, Uéslei voltou ao Bahia para ser artilheiro do Campeonato Baiano de 2000, mesmo perdendo o título. Naquele ano, o atacante deixaria o Tricolor mais uma vez, sendo vendido ao Nagoya Grampus, do Japão.
Em 2005, após 5 anos no futebol japonês, Uéslei voltou ao Bahia para a disputa da Série B. Mas a última passagem do Pitbull no Tricolor foi curta, pois, poucos meses depois, o atacante se transferiu para o Atlético-MG.
Após a passagem pelo clube mineiro, Uéslei voltou ao futebol japonês, onde se aposentou em 2009.
3. Hamilton (154 gols)
Nascido em 1931 na cidade de Queimadas, na Bahia, o atacante Hamilton surgiu no futebol no início da década de 1950, jogando pelo Flamengo. Não tendo muito destaque no rubro-negro carioca, o atacante passou por equipes pernambucanas, até chegar ao Bahia em 1957.
Hamilton é o maior artilheiro do Bahia em jogos internacionais, com 18 gols marcados nas excursão que o Bahia fez em 1957. Além disso, nesse ano, o atacante fez um jogo pela Seleção Brasileira.
O atacante fez parte do time tricolor campeão da Taça Brasil em 1959. Nos anos seguintes, Hamilton se destacou pelo Bahia, conquistando o Campeonato Baiano de 1962, sendo vice-campeão da Taça Brasil de 1963, perdendo a final para o Santos, e participando da Libertadores em 1964.
O atacante faleceu em 9 de dezembro de 2011, em Salvador.
2. Douglas (211 gols)
Segundo maior artilheiro da história do Bahia, Douglas da Silva Franklin foi ídolo de um time que conquistou sete títulos estaduais consecutivos na década de 1970.
Nascido em Barretos (SP), em 9 de setembro de 1949, Douglas começou no futebol jogando pelo Santos. Teve uma boa passagem pelo alvinegro paulista, entre 1967 e 1972 mas após um desentendimento com o treinador Mauro Ramos, deixou o clube e veio jogar no Bahia.
Douglas jogou no Bahia entre 1972 e 1979 e fez sucesso dentro e fora de campo. Dentro, sendo heptacampeão baiano entre 1973 e 1979, jogando com craques como Osni e Beijoca, e sendo o artilheiro da competição em 1973 e 1978. Fora, o meia-atacante se notabilizou por ser contestador e usar cabelos longos com uma fita branca à la Novos Baianos.
O segundo maior artilheiro da história do Bahia foi o autor do primeiro gol da história do Estádio de Pituaçu, em 1979, em jogo entre o Tricolor e o Fluminense de Feira.
Após deixar o Bahia, Douglas passou por várias equipes, incluindo o Vitória em rápida passagem em 1981, e se aposentou em 1988, jogando pelo time do Barretos, em sua terra natal.
1. Carlito (253 gols)
O maior artilheiro da história do Bahia é Carlos Domingues Viana, mais conhecido como Carlito, autor de 253 gols em 341 jogos com a camisa tricolor.
Nascido em 24 de setembro de 1927, em Salvador, Carlito era um atacante completo, exímio finalizador e cabeceador, além de ser extremamente raçudo.
O atacante é o caso de jogador de um time só. Carlito vestiu apenas a camisa do Bahia, entre os anos de 1946 e 1959. Carlito teve proposta para ir jogar no Flamengo, mas como sua noiva não queria morar no Rio de Janeiro, ele ficou no Bahia.
Pelo Bahia, Carlito conquistou nove títulos baianos, nos anos de 1947, 1948, 1949, 1950, 1952, 1954, 1956, 1958 e 1959, além de estar no elenco do time que conquistou a Taça Brasil em 1959, porém não como titular, pois já havia cedido a posição à Léo Briglia.
Além de todos os títulos, Carlito é o maior artilheiro do Bahia em Ba-Vis, marcando 21 gols contra o grande rival.
O atacante faleceu em 10 de setembro de 1980, aos 52 anos, vítima de cirrose.