2 pedras nas chuteiras do Bahia
Depois de tudo o que aconteceu durante a temporada de 2014, culminando com o rebaixamento do time para a 2ª Divisão, e de tudo o que foi dito, principalmente após a eleição do presidente Marcelo Sant’Ana, não existe mais clima para uma série de jogadores, principalmente para o goleiro Marcelo Lomba e o atacante Maxi Biancucchi, ficarem no CT do Fazendão e voltarem a vestir a camisa do Tricolor no próximo ano. A direção só aguarda as propostas para chegar num acordo e acertar as rescisões dos seus contratos.
Por questões de ética, o novo presidente Marcelo Sant’Ana e os novos dirigentes do Bahia, evitam comentários sobre a “herança maldita”, a gravíssima situação econômico-financeira com que receberam o clube. Mas não são as dívidas os principais problemas do Tricolor, “dívidas se negocia e se paga”. O problema é a falta de crédito e credibilidade no mercado financeiro, e o que o clube mais precisa neste final de 2014, início de 2015, é de dinheiro.
O Departamento de Futebol do Bahia não tem como investir em novas contratações, atender o anseio e expectativas da torcida, e principalmente limpar o departamento de futebol, reduzir a folha de pagamento, sem dinheiro para fechar acordo, definir rescisões, com a certeza de uma recessão financeira no primeiro trimestre de 2015, de competições como o ridículo Campeonato Baiano, totalmente deficitário e defasado, como tem sidos nos últimos anos, e enfrentar a concorrência do alto Verão de Salvador e o Carnaval baiano. Não dá para competir com os grandes clubes brasileiros.
Podem até não ter dado certo em 2014, não jogaram nada, como qualifica o torcedor, mas não se pode questionar a qualidade técnica do goleiro Marcelo Lomba e do atacante argentino Maxi Biancucchi, com DNA de gênio, primo de Lionel Messi. O que está sendo levado em consideração, são os altos salários destes jogadores, Lomba ganha R$ 130 mil e Maxi em torno de R$ 180 mil mensais, totalmente fora das previsões orçamentárias do futebol en 2015.
Só que não será tão fácil o Bahia se livrar destas “duas pedras” na sua chuteira. Os dois jogadores têm contrato em vigor, Maxi até dezembro de 2015, e Lomba até 2017. O futebol do Tricolor recusou a proposta da Ponte Preta de São Paulo pelo goleiro, mas o empresário do jogador, Eduardo Uram, afirmou que outro clube da Série A tem interesse em Lomba e que o destino do goleiro pode ser definido antes do final do ano, pela permanência ou saída. “A única proposta que chegou até mim veio da Ponte Preta, mas, nos moldes propostos, não interessa ao Bahia”, comentou o presidente Marcelo Sant’Ana.
